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"Todos estão presos", diz delegado sobre suspeitos de racismo

Em Brumado, na Bahia, Tiago Zanfolin Santos da Silva, de 26 anos, recebeu um mandado de prisão temporária

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16/03/2016 às 12:37 • Atualizada em 01/09/2022 às 10:01 - há XX semanas
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A Polícia Federal (PF), através da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), entrou em ação nesta quarta-feira (16) para prender os responsáveis pelos ataques racistas contra atrizes da Rede Globo. Os agentes cumprimiram quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Minas Gerais, com ajuda das delegacias locais.
O baiano Tiago Zanfolin Santos da Silva, de 26 anos, recebeu um mandado de prisão temporária. O jovem foi encontrado em Brumado. Funcionário de uma loja de e venda e manutenção de equipamentos de informática, Zanfolin estava em casa quando foi preso e não esboçou nenhuma reação. No imóvel, foram apreendidos um notebook, uma CPU e um celular. A investigação contou com o apoio das unidades policiais da Coorpin/Brumado.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Segundo o delegado Leonardo Rabelo, Tiago deve responder criminalmente pela prática dos crimes de injúria racial, racismo e associação criminosa. Ao site 'Ego', Alessandro Thiers, delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DCRI) do Rio, informou que cinco pessoas foram presas.
"Todos estão presos, sendo cinco ao total, e até o final do dia todos os locais de busca e apreensão serão diligenciados. Conseguimos cumprir todos os mandatos. Foi o trabalho da polícia de inteligência aliado com os esforços de outros estados. Todas as pessoas foram presas em casa e não esperavam que a polícia fosse chegar lá hoje e, por isso, não ofereceram resistência. Alguns são responsáveis por ataques a outras pessoas da mídia além da Tais Araujo. O trabalho da Polícia Civil é apurar e encaminhar provas para a justiça. Posteriormente serão condenados pelo crime de racismo, injúria racial e pedofilia. Uma gama de crimes", disse ele.
"As pessoas acreditam que não adianta vir à delegacia fazer esse tipo de registro e na verdade é o contrário. Esse crime da Tais é penal privado, então se ela não viesse não poderíamos ter feito nada. No caso da Maria Júlia os advogados dela foram à delegacia, mas ela não fez a representação aqui. Ainda assim, nós identificamos os suspeitos, mas nada pode ser feito. Se ela tivesse vindo talvez fosse diferente", completou.
A delegacia já havia identificado um grupo de 30 pessoas que se reuniu por meio de contatos no WhatsApp para promover ataques contra Taís. Os suspeitos podem responder por injúria racial, formação de quadrilha, entre outros crimes.

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