A julgar pela estreia da "Dança dos famosos", em agosto, nem Dani Calabresa nem o público acostumado a vê-la nas esquetes do "Zorra" poderiam imaginar a chegada à semifinal da disputa. A atriz, que terminou aquela noite em quinto lugar entre seis competidoras, subirá ao palco neste domingo na liderança do ranking, depois de acumular elogios por sua performance embalada pelo pasodoble:
- Comecei a ensaiar o samba já na terça-feira e nem consegui assimilar direito o que aconteceu no domingo passado. Foi uma emoção em dobro. Com o ritmo mais dramático, consegui as notas mais altas. Eu sou comediante e o pasodoble exigia uma postura séria, uma carga de sofrimento. Conseguimos interpretar os personagens e entregar esse drama ao público. Os últimos meses têm sido muito emocionantes. O quadro é apaixonante. Este é o trabalho mais transformador da minha vida. A gente sempre acha que não é capaz, que não vai conseguir. Lá atrás, quando eu estava fechando datas de trabalhos, eu pensava: 'Ah, em novembro já devo ter saído'. Eu até revejo os vídeos no Globoplay para acreditar. E digo: 'Sou eu, né? Eu que fiz aquela virada, eu que posicionei as pernas daquele jeito'. A confiança do meu professor me encoraja.
Dani conta que o resultado na última semana surpreendeu até pessoas próximas:
- Um amigo mandou uma mensagem dizendo: 'O que o professor fez com você? Não conseguia reconhecer. Era outra pessoa'. O quadro exige uma entrega muito grande. É uma estreia a cada semana. Tem que fazer com medo mesmo. É como se um avião estivesse subindo e, no domingo, você precisasse saltar de paraquedas de qualquer jeito.
Acostumada a viver diferentes tipos no humorístico da Globo, Dani diz que não hesitou em se expor sem as máscaras dos personagens:
- Não tenho medo de errar, de pagar mico. Eu sou comediante por isso: gosto de desconstruir, de explorar o lado humano. Não tenho essa vaidade de mostrar apenas que estou segura, que está tudo perfeito. As pessoas acabam se identificando. Elas pensam: 'Também não tenho um bom alongamento, também sou sedentária, mas esta menina está melhorando'. É bom revelar os medos e as inseguranças e ir vencendo tudo isso. Faço giros e pegadas com medo. Mas me expor sem estar por atrás de uma personagem é algo que não temo.
Hoje forte candidata ao título, Dani garante que não está preocupada com a vitória na final:
- Sou zero competitiva. Entrei para aprender a dançar e me conhecer. Com o meu professor, até esqueço que é uma competição. Não tenho vontade de ganhar. Sei que parece loucura dizer que não quero o carro (o prêmio da disputa), mas não é por ele, é pela dança. Minha meta é ficar no programa para não parar de dançar, e não porque não aceito perder.
Depois desse desafio inusitado, Dani sonha experimentar outros novos caminhos na carreira:
- Eu adoraria ter um programa parecido com o 'Furo MTV', naquele estilo telejornal cômico. Sonho também em participar de um seriado de comédia. Tem tanta série americana de que sou fã, como 'Friends' e 'Sex and the city'. Já bati na trave para fazer novela e série. Eu teria que sair do 'Zorra' para isso, e estou muito feliz lá. Quero ficar pelo menos mais um ano. Desejo estar em alguma produção que eu possa criar e escrever também.
Dani conseguirá matar as saudades do 'Furo' na retrospectiva da Globo "A gente riu assim", que seguirá a mesma linha. Ela, que contracena com Marcelo Adnet na "Escolinha do Professor Raimundo", voltará a trabalhar com o ex-marido apresentando o especial. O programa terá esquetes sobre fatos marcantes de 2018:
- Somos amigos. O carinho permanece, independentemente da separação. A gente continua se admirando. Um vai ser fã do outro para sempre.
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A separação ganhou destaque na internet no ano passado, com vários comentários do público sobre o assunto. Dani explica como é sua relação com as redes sociais:
- Quando ando na rua, não entro em vielas duvidosas, vou pelas conhecidas. É igual com a internet. Eu acompanho perfis do Instagram que têm postagens divertidas, que me fazem bem. Eu seleciono um conteúdo de qualidade. Não fuço lixeira. Não leio comentários maldosos, pois ninguém é de ferro. As pessoas acham que os artistas precisam estar preparados para ouvir tudo. Um coisa é escutar uma análise, uma crítica construtiva. Outra é lidar com maluquice e ofensa. Não faz o menor sentido. Não xingo ninguém, então, não quero ler isso. E graças a Deus recebo pouco. Não fico chateada quando tiram sarro. Já me esculhambaram com umas brincadeiras sobre a 'Dança' e eu dei risada. Adoro. Ofensa gratuita é que não pode.
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Redação iBahia
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