Não se engane com o charme, a simpatia e o bom humor que Armando Babaioff exala em “Bom sucesso”. Na novela das sete, o ator de 38 anos está a serviço do mal. De bom moço, Diogo só tem a cara. Além de estar de olho na fortuna do sogro, Alberto (Antonio Fagundes), o vilão trai Nana (Fabiula Nascimento) com Gisele (Sheron Menezzes). E bem embaixo do nariz da mulher! Esse ser é do tipo indefensável, mas ainda assim o seu intérprete quer vê-lo sendo amado pelo público.
— Não posso fingir que Diogo não é vilão, mas não gosto desse título. A partir do momento em que é definido dessa forma, parece que ele vai pedir até um copo d’água de modo estúpido, e não é assim. Apesar da grosseria, de se beneficiar da fraqueza das pessoas, eu quis colocar um pouco de humor nele. No fundo, quero que as pessoas tenham raiva de gostar do Diogo. Ele é um sujeito amoral, fala coisas assustadoras, mas estou indo pela comédia para dar uma graça a ele — explica o ator, completando: — Diogo se casou por interesse, e o relacionamento dele com Gisele talvez seja pelo mesmo motivo. Só sei que ele se ama mais do que qualquer coisa.
Não resta dúvida também de que o vilão tem fetiches sexuais de tirar o fôlego. Se tem uma coisa que aumenta a temperatura entre ele e Gisele é transar em lugares em que alguém pode chegar a qualquer momento.
— Diogo procura o prazer, dá vazão aos desejos dele, e um desses prazeres é gostar de se colocar em risco — explica o intérprete, garantindo, no entanto, que o real desejo do vilão é subir na vida: — O negócio do Diogo é dinheiro. O cara quer receber a parte dele na venda da editora e, se isso não se concretizar, com certeza ele tem plano B, C… Diogo não mede esforços para conseguir o que quer e passa por cima de qualquer pessoa que ousar cruzar seu caminho.
Com mais de 20 anos de carreira e inúmeros trabalhos no currículo — entre eles, o mocinho Ionan de “Segundo sol”, de 2018, papel em que brilhou —, Babaioff emplaca mais um personagem de peso em novelas. Para o ator, a demora em conquistar uma posição de destaque na TV não era mais algo que o angustiava:
— Quando a gente é mais novo, sim (ficava angustiado). Mas, depois que se chega a determinada idade, a preocupação mesmo é em poder contar boas histórias. Eu não sou celebridade. Sou um artista, um operário da arte, Carrego cenário, produzo... Gosto de conhecer gente. O ser humano é meu material de trabalho. Se eu deixar de andar de metrô, de ônibus, de entrar em lojas para comprar alguma coisa, vou deixar de ser a figura que sou. Faz parte da minha personalidade ser esse cara curioso que tem interesse em conhecer o outro. O dia em que eu perder o contato com o ser humano, perco o contato com a essência da minha profissão.
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Redação iBahia
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