A taxa de desemprego no país atingiu 12% em 2016 e o número de desempregados atingiu 12,3 milhões, informou o IBGE na manhã desta terça-feira. É a maior taxa já registrada pelo IBGE na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Em 2015, a taxa média do ano já havia disparado e ficado em 8,5%, com 8,6 milhões de pessoas desempregadas, contra os 6,8% do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.
Analistas ouvidos pela Bloomberg projetavam uma taxa entre 11,6% e 12%, com a mediana em 11,9%.
A taxa do ano de 2016 é a maior média para um ano fechado desde o início da série histórica, iniciada em 2012. A população desocupada passou de 8,6 milhões, na média de 2015, para 11,8 milhões, em 2016 (alta de 37%). Já a população ocupada caiu de 92,1 milhões de pessoas para 90,4 milhões. O número de empregados com carteira assinada no setor privado recuou (-3,9%), passando de 35,7 milhões, em 2015, para 34,3 milhões em 2016. O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos se contraiu em 2,3% entre 2015 e 2016 (caindo de R$ 2.076 para R$ 2.029). A massa de rendimento real habitual também registrou queda de 3,5% (de R$ 185.354 milhões para R$ 178.865 milhões).
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Com relação à média anual, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada foi estimado em 10,2 milhões. Ficou estável em relação a 2015. O mesmo ocorre com o grupo de trabalhadores domésticos, que ficou em 6,2 milhões de pessoas, com os empregados no setor público (11,2 milhões), com os empregadores (3,9 milhões), conta própria (22,5 milhões), trabalhador familiar auxiliar (2,1 milhões).
Já por atividade, o grupo de trabalhadores da agricultura caiu 2,9% em relação a 2015, ficando em 9,2 milhões. O grupo da indústria caiu 10%, ficando em 11,6 milhões de pessoas. O grupo da construção encolheu 2,8%, para 7,3 milhões, o do comércio caiu 1,1%, para 17,4 milhões de
pessoas, de transporte e armazenagem cresceu 4,1%, para 4,5 milhões de pessoas, de alojamento cresceu um pouco mais, 5,3%, para 4,6 milhões de trabalhadores, de informação e comunicação foi o que mais caiu depois da indústria, 6,2%, para 9,7 milhões de pessoas e serviços domésticos cresceu 2,1%, para 6,2 milhões de pessoas.
TAXA CHEGA A 12% NO QUARTO TRIMESTRE
Já no quarto trimestre do ano, encerrado em dezembro, a taxa atingiu o maior nível de toda a série, chegando a 12%. E a população ocupada ficou em 12,3 milhões de pessoas. No trimestre encerrado em setembro, tinha ficado em 11,8%. Mas cresceu em relação ao quarto trimestre de 2015 (9%). A população ocupada ficou em 90,3 milhões, cresceu 0,5% em relação ao trimestre anterior e recuou 2,1% ou 2 milhões de pessoas em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
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Redação iBahia
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