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Pessoas com deficiência e o mercado de trabalho

Se antes os deficientes atuavam apenas nos bastidores, hoje já prestam atendimento aos clientes e trabalham em áreas estratégicas.

Redação iBahia • 21/09/2016 às 12:58 • Atualizada em 28/08/2022 às 5:01 - há XX semanas

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					Pessoas com deficiência e o mercado de trabalho
Redação Catho
De acordo com o Ministério do Trabalho, nos últimos 5 anos, houve um aumento de 20% na participação de profissionais com deficiência (PcD) no mercado de trabalho. Grandes empresas, bancos e indústrias já estão abrindo as portas para quem costumava ser excluído por suas limitações. Até mesmo as funções delegadas estão demonstrando uma mudança de cenário. Se antes os deficientes atuavam apenas nos bastidores, hoje já prestam atendimento aos clientes e trabalham em áreas estratégicas.
A Lei de Cotas para PcDs, criada em 1991, foi o principal incentivo para aumentar a participação desses profissionais no mercado de trabalho. A medida impõe que empresas com mais de 100 empregados devem ter de 2 a 5% das suas vagas destinadas a pessoas com deficiência.
O mercado de trabalho para pessoas com deficiência
Esses dados demonstram uma grande mudança, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. É o que expõe a pesquisa, realizada pela i.Social, “Profissionais de Recursos Humanos: expectativas e percepções sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho”.
Feita com 2.949 profissionais de RH, com diferentes níveis de escolaridade, e atuando em diversos setores, o levantamento concluiu que a qualidade das vagas inclusivas ainda é baixa e, na maioria das vezes, a escolha do candidato é feita apenas como forma de cumprir a lei.
Muitas vezes, a segregação começa já nas instituições de ensino, que por falta de recursos ou material humano, para se adaptar às necessidades dos estudantes deficientes, acaba os separando dos demais.
O maior empecilho da inclusão no mercado de trabalho para pessoas com deficiências ainda é a questão cultural. 90% dos entrevistados destacaram que o principal problema é a falta de informações específicas para que o RH entenda os melhores caminhos para esses profissionais.
A qualificação dos profissionais com deficiência
Em relação à qualificação, não há diferenças de padrões entre pessoas com deficiência e o restante da população. A oferta de cursos do Governo Federal e organizações civis está ampliando a qualificação profissional de deficientes para atuarem em diversas áreas e ocuparem cargos mais elevados.
A participação das empresas e dos profissionais com deficiência em sites de emprego mostra que, de uma média de 45 mil pessoas, pelo menos 36% possuem nível superior e 42% têm segundo grau completo. A pesquisa realizada pela i.Social ressalta ainda que 77% dos entrevistados consideram que profissionais com deficiência possuem comportamentos semelhantes e até mais adequados do que os demais.
As perspectivas para o futuro
A pesquisa mostra claramente que não há desvantagens para as empresas que contratam esses profissionais. Essa inclusão é capaz, ainda, de atrair novos tipos de consumidores, além de promover uma reabilitação social e psicológica, já que o sentimento de produtividade contribui para melhorar a qualidade de vida do profissional. Há ainda uma humanização da imagem dessas empresas e aumento da troca de experiências no ambiente profissional.
Os profissionais de RH entrevistados pela i.Social acreditam que as 3 ações fundamentais para atingir esses objetivos são capacitação (66%), campanhas de conscientização (64%) e incentivos fiscais para a contratação de pessoas com deficiência (55%).
As principais perspectivas para o futuro são o aumento da inclusão desses profissionais no mercado de trabalho e a mudança na cultura das organizações, que ainda veem pessoas com deficiência com um certo preconceito. O primeiro passo é preparar o setor de RH e, principalmente, os gestores para serem capazes de avaliar o profissional com deficiência por sua qualificação e comportamento, e não pelas suas limitações físicas ou sensoriais.

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