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Veja 20 dicas para aumentar suas chances de empregabilidade

Um levantamento feito pelo Ipea mostra que os jovens de 14 a 24 anos são os mais afetados pelo desemprego

Redação iBahia • 19/06/2016 às 18:30 • Atualizada em 29/08/2022 às 2:01 - há XX semanas

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					Veja 20 dicas para aumentar suas chances de empregabilidade
A porta de entrada para o mercado de trabalho formal está cada vez mais estreita, especialmente para quem não tem experiência, como os jovens. Para ajudar aqueles com pouca idade — e até dar uma forcinha a quem já não é iniciante, mas também enfrenta a escassez de oportunidades por conta da crise —, o EXTRA foi atrás de especialistas e reuniu 20 dicas que contribuem para aumentar a empregabilidade em tempos tão difíceis.

				
					Veja 20 dicas para aumentar suas chances de empregabilidade
Foto: Divulgação
Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os jovens de 14 a 24 anos são os mais afetados pelo desemprego. No quarto trimestre de 2015, o índice entre eles era de 15,25%, mas passou para 26,36%, no primeiro trimestre deste ano. Nestes três meses, segundo o IBGE, a taxa de desemprego geral no país alcançou 11,2% (3,2 pontos percentuais acima do observado no mesmo período de 2015).O maior desafio é driblar as lacunas de um currículo sem experiências, ressaltando habilidades e comprometimento. Desempregada, Dayanna Priscila dos Santos, de 21 anos, conclui o ensino médio e trabalhou como operadora de caixa numa farmácia. Ela mora no Méier, na Zona Norte da cidade, com as irmãs e a mãe, que trabalha de doméstica: "Meu sonho é fazer faculdade de Serviço Social e trabalhar com crianças. O problema é o dinheiro para pagar a mensalidade. A saída será fazer a inscrição no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) ou no Prouni (Programa Universidade Para Todos)".Com um mercado tão competitivo e longas filas nas portas das empresas, especialistas em carreira são unânimes em recomendar que o trabalhador não se sinta desmotivado com as respostas negativas. Segundo eles, é preciso saber aproveitar o tempo livre e se qualificar com palestras e cursos técnicos e gratuitos.

				
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Foto: Divulgação
"O jovem e o trabalhador em geral querem ter empregos com carteira assinada. Mas, e quando não surge uma chance? O candidato faz entrevistas e não é contratado. Isso pode desmotivá-lo, mas recomendo sempre arriscar. Pense fora do lugar comum e não recuse trabalhos temporários. É preciso mostrar sua capacidade", recomendou o coach (orientador) financeiro Ricardo Melo.Aprendiz é porta de entrada para o mercado de trabalho O programa Jovem Aprentem sido utilizado por jovens secundaristas para o primeiro contato com mercado de trabalho. Fazer parte de um projeto assim aumenta as chances de empregabilidade dos estudantes. A Lei 10.097/2000 determina a contratação de pessoas entre 14 e 24 anos, numa proporção de 5% a 15% do quadro geral de funcionários. Os jovens selecionados passam por um curso de qualificação e recebem o apoio de uma equipe multidisciplinar, que os acompanha junto à família, na escola e na empresa. O período máximo de trabalho é de dois anos, com carteira assinada e uma carga horária de experiência prática. A outra parte do tempo é dedicada à capacitação teórica em instituições de qualificação profissional.A estudante Keila Rodrigues, de 21 anos, participou do Jovem Aprendiz e trabalha no setor administrativo de uma empresa de porte médio. Além do conhecimento sobre a atividade, ela afirma que o crescimento pessoal foi o mais relevante."O mercado está difícil, mas a pessoa tem que batalhar pelos sonhos e pela independência. Os recrutadores pedem experiência, mas estamos começando. O programa pode ajudar nisso. Eu aprendi a fazer planilhas, ligar para os clientes... Mas o mais importante foi o contato com o mercado. São diferentes o relacionamento com os amigos e a família e o contato no mundo profissional", disse Keila, que hoje é universitária e busca estágios.Além da área administrativa, há vagas em empresas de comércio de bens, serviços e turismo, lojas, supermercados, farmácias e outros estabelecimentos.Jornalista muda de área para não ficar parada Um desabafo sobre um drama vivido por mais de 11 milhões de pessoas desempregadas em todo país transformou uma jornalista em celebridade na internet. Graças a um relato sincero em seu Facebook, ela ganhou mais de 351 mil curtidas e quase 50 mil compartilhamentos. Beatriz Franco, de 28 anos, estava sem emprego, voltou a morar com os pais e passou quatro meses sem ofertas de trabalhos temporários, quando recebeu a proposta de uma amiga para trabalhar numa loja de doces, de quarta-feira a sábado. Foi quando redigiu um texto na rede social, se definindo como preconceituosa. Mas explicou: "Eu, balconista? Jornalista, três idiomas, currículo em Comunicação, trabalhando de “touquinha” na cabeça, servindo os outros? Foi difícil tomar essa decisão, mas aceitei, estou precisando", escreveu.Partir para uma atividade que não exigia formação acadêmica não foi uma decisão fácil para uma profissional superqualificada, mas Beatriz deixou a vergonha de lado.O coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos, do Centro Universitário Celso Lisboa, Mauro Félix, explica que atitudes como a dela têm se intensificado no mercado. "Com a alta no desemprego, a concorrência entre os candidatos aumenta e permite às empresas contratar profissionais mais qualificados, pagando menos", observou.Outra explicação para a corrida pelas vagas formais é estimulada pelas mudanças nas regras do seguro-desemprego. Agora, é preciso trabalhar por, pelo menos, um ano para ter o benefício. Além disso, as demissões de parentes e a queda de rendimento das famílias trouxe de volta às filas de emprego quem estava fora (por opção ou aposentadoria).Para Beatriz, uma das barreiras enfrentadas foi pensar como seria o novo trabalho e o que pensariam os amigos que a vissem trabalhando na loja: "Era um preconceito bobo pensar que não dei certo na vida. Hoje, estou aqui, jornalista, tradutora, professora de idiomas, aprendiz de gestora e, sim, atendente de um ateliê de doces. E o que mais precisar, aprendo a fazer".Além das dificuldades de conquistar uma vaga, a crise fez o rendimento médio real do trabalhador recuar 3,3% em abril, em relação ao mesmo mês de 2015. A renda média ficou em R$ 1.962, contra R$ 2.030, no mesmo período de 2014. "O trabalhador tem que observar que mesmo o emprego mais distante da profissão dele pode agregar boas experiências ao currículo", disse o professor Mauro Felix.Freelancers garantem até R$ 8 mil Com o desaquecimento do mercado de trabalho no país, muitos profissionais tem buscado oportunidades como freelancer para ganhar uma grana e não ficar no vermelho. Hoje, na plataforma Freelancer.com, uma das principais do setor, cerca de 343 mil trabalhadores brasileiros estão cadastrados em busca de uma oportunidade. E foi pela necessidade de aumentar a renda mensal que o analista de sistemas Tiago Monteiro, de 34 anos, resolveu investir neste mercado. Segundo ele, com a ajuda dos trabalhos internacionais que pagam em dólar, a renda mensal pode chegar a R$ 8 mil."Os freelas entraram na minha vida como quebra-galho e, hoje, são minha principal fonte de renda. É fácil fazer trabalhos para o exterior e os pagamentos em dólar aumentaram minha renda consideravelmente", conta.Escassez de empregos O desemprego tem assustado grande parte da população do país e economistas, pelo menos por enquanto, não veem perspectivas positivas. Atrelada especialmente à desaceleração da atividade econômica, a falta de vagas deve permanecer até o início do próximo ano, quando a economia deverá voltar a crescer, como aponta o especialista em mercado de trabalho da faculdade Ibmec, Ivan Garcia."Estamos inseridos em um contexto de crise e é bastante difícil que o mercado de trabalho se recupere a curto prazo", analisa.Ainda de acordo com Ivan, a Reforma Trabalhista que tramita no Congresso pode trazer ainda mais dor de cabeça para o trabalhador brasileiro. Para ele, as principais mudanças que devem ser implementadas prejudicarão os trabalhadores. "A maioria das propostas querem tirar direitos e flexibilizar formas de contratação, como a CLT, o que favorece apenas os empresários", diz.Por outro lado, o economista Nelson de Sousa vê a Reforma Trabalhista de maneira positiva. "As economias que mais empregam são aquelas onde o empresariado tem maior liberdade de ação. É disso que precisamos no Brasil", afirma.

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