Em tempos de crise, ninguém está salvo. Enquanto aqueles que estão fora do mercado batalham por um oportunidade, quem já está empregado precisa provar diariamente aos gestores a importância do seu desempenho. De acordo com especialistas, além de investimento na formação, criatividade e disponibilidade, detalhes como postura, interação e pontualidade são critérios determinantes para que o empregado mantenha o posto.
“A pessoa precisa ter em mente qual é o objetivo dela dentro da empresa. Se ela, de fato, quiser permanecer e crescer, chegará no horário, será um funcionário que economiza os recursos do local de trabalho, vai brincar nos momentos certos e será proativa”, explica Ritah Oliveira, especialista em psicologia organizacional e master coach.
Outros comportamentos como trabalhar bem em equipe, saber discordar respeitosamente, evitar fofocas, ser organizado e participar das atividades extras também são importantes para ser bem visto no local de trabalho. Ritah ressalta que quem quer se manter empregado tem de abolir qualquer prática que possa comprometer o desempenho dos funcionários ou afetar os resultados da empresa. “Essas dicas ganham uma importância maior porque estamos vivendo um momento de medo e insegurança. O emprego é sobrevivência das pessoas e se isso está em risco, precisamos redobrar os esforços para nos garantir”, destaca.
O presidente da Odgers Berndtson Brasil, empresa especializada em recursos humanos, Luiz Wever, sinaliza que, para este momento, o empregado precisa contribuir estrategicamente para que os resultados da empresa melhorem. “Se estamos em crise, o bom funcionário será aquele que ajuda a empresa a sair da crise ou a diminuir seus impactos. Isso pode ocorrer intelectualmente ou emocionalmente através de motivação, ideias e emoção no que se faz”, indicou. Wever ressaltou ainda a necessidade da ética e do espírito empreendedor em cada funcionário, pois é necessário que todos cuidem da empresa como se fossem os donos.
Investir em formação para manter-se informado e atualizado e poder inovar é essencial para fazer a diferença e se segurar na vaga atual. Foi pensando nisso e na política da empresa que estimula a especialização continuada que Matias Más, 33, formado em Administração, resolveu investir em uma pós-graduação em Finanças. “Trabalho no setor financeiro e lido com assuntos muito específicos e que exigem atualização constante”, justificou.
Principais causas de demissão no Brasil
Desempenho A performance insatisfatória dos empregados é o que mais faz as empresas demitirem. Operações de baixa qualidade, erros constantes e não cumprimento de prazos são os critérios mais observados.
Cultura A não adaptação do funcionário à cultura da empresa causa problemas. Normas de vestimenta, regras de convivência e incorporação da filosofia da organização quando descumpridos geram demissão.
Trabalho em equipe Intrigas, dificuldade de aceitar opiniões divergentes, críticas agressivas e impaciência são comportamentos repreendidos pelos empregadores.
Faltas e atrasos Chegar muitas vezes fora do horário, ou faltar constantemente, ainda que com justificativas, reduz a produtividade.
Prejuízo Funcionários que consomem abusivamente os recursos da empresa (papel, telefone, etc.) ou quebram equipamentos por descuido geram prejuízos e são desligados por isso.
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Redação iBahia
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