Cruz Vermelha Internacional abre seleção para brasileiros

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) está à procura de profissionais brasileiros. Atualmente, o órgão atua em mais de 80 países do mundo, incluindo o Brasil e 28 países da África. As vagas disponíveis estão no site da organização. Todos os postos oferecidos pelo CICV são remunerados, e a organização não trabalha com voluntários que queiram atuar apenas por alguns meses. "Nosso objetivo é que os profissionais fiquem bastante tempo conosco", esclarece , Gherardo Pontrandolfi, diretor de global de recursos humanos do CICV, em entrevista ao Brasil Post. Atualmente o processo funciona em duas etapas: primeiro, o candidato deve preencher uma ficha no site do ICRC, onde também se encontra a relação de vagas disponíveis no mundo inteiro.A segunda etapa da seleção é feita em Genebra, onde o candidato vai participar de atividades que duram, geralmente, dois dias. Nessa fase, as despesas ficam por conta do postulante, e o resultado -- seja positivo ou negativo -- é divulgado cerca de dez dias depois. Caso seja aprovado, o delegado vai receber um treinamento custeado pela Cruz Vermelha. Essas atividades, que têm duração variada, geralmente são desenvolvidas em Genebra ou em polos descentralizados da organização.Após o treinamento, onde o delegado vai ser apresentado não só às suas futuras atividades mas também à Cruz Vermelha como um todo, ele será alocado em uma das missões, geralmente por um prazo de um ano. Além de curso superior, os candidatos devem ter fluência em inglês e noções de francês. É fundamental também que o candidato saiba lidar com situações de estresse e pressão. Experiência prévia e conhecimento na área dos Direitos Humanos são considerados um diferencial, mas não são exigências do comitê. Há vagas para todas as áreas de conhecimento. "Competências técnicas você pode encontrar no mundo inteiro. A motivação principal de alguém que queira trabalhar para o ICRC deve ser, obviamente, a humanitária. A vontade, capacidade, habilidade e interesse de trabalhar com pessoas em situação de necessidade", afirma Pontrandolfi em entrevista ao Brasil Post.