Tradicional na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, a festa da Boa Morte, realizada pela Irmandade Religiosa da Boa Morte é um dos eventos mais populares da cidade. A celebração da confraria religiosa, que reúne mulheres negras e descendentes de escravos, é marcada pelo sincretismo, além de preservar os rituais das religiões de matrizes africanas. Com origem em Salvador, a transferência da festa para a cidade está ligada às senzalas a e às batalhas das mulheres negras contra o regime escravagista.Simpatizante das religiões afro, a fotógrafa baiana Ravena Sena, em 2013, registrou momentos marcantes do festejo popular. No ensaio, ela mostra a ligação entre o homem e o sagrado, através da religião. Formada em Comunicação Social, pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), ela conta que foi a primeira vez que participou da festividade, mas sempre teve uma forte ligação com as religiões africanas, e que por isso decidiu fotografar o momento.
“Me interesso muito pela forma como o homem se relaciona com os aspectos da religiosidade. Como a fé, a religião e a crença movem o homem e mobilizam forças e são do próprio humano. Eu já tinha uma relação bem particular com festas e cultura afro, sempre gostei dessa área da cultura afro. Fotografar é uma forma que eu tenho de conhecer o mundo", afirma Ravena.
Veja as fotos:
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