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'Game of thrones' põe fim às guerras com desfecho melancólico

Desfecho da série mais pop da década mantém a tradição de impressionar e decepcionar seus fãs

Redação iBahia • 20/05/2019 às 9:30 • Atualizada em 31/08/2022 às 8:14 - há XX semanas

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"Game of thrones" cresceu e se tornou a série mais popular do mundo sem nenhum medo de decepcionar seus espectadores — e antes disso, sem medo de decepcionar os leitores dos livros de George R.R. Martin , de onde a HBO e os produtores David Benioff e D. B. Weiss tiraram a sangrenta história sobre a disputa do trono de Westeros. Se você ainda não viu o episódio deste domingo, recomenda-se que pare de ler aqui, pois os spoilers são inevitáveis.
“GoT”, como os fãs se acostumaram a chamar a série, sempre foi sobre o poder e as trágicas consequências do abuso e do apego a ele. Nos últimos episódios, até uma das heroínas da trama, Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) , se deixou levar pelo desejo tirânico de se vingar de seus inimigos, sob o pretexto de que libertaria as futuras gerações, mesmo que ao custo da destruição da atual. Numa guinada que muitos consideraram forçada, ou pelo menos súbita demais, ela destruiu não só os exércitos inimigos, mas toda a população de uma cidade. Tudo em nome de acabar com a tirania, veja só, da antiga rainha, Cersei Lannister (Lena Headey) .
Foto: Reprodução
Crianças morreram no processo? “Ela usou a inocência das crianças contra mim”, justifica Daenerys. “Game of thrones”, a série ultraviolenta, misógina, que abusava de cenas gratuitas de sexo, deixou no final um alerta pacifista, sobre como o desejo cego de fazer o bem pode levar a tragédias terríveis e intermináveis, quando inflamado por poder absoluto e intransigência.
Tyrion Lannister (Peter Dinklage) , o Anão que conquistou o público desde o primeiro episódio, em 2011, e foi se apagando quando se tornou um seguidor de Daenerys, volta a sua melhor forma nesse último episódio. É ele que lembra como ela libertou povos da escravidão e havia matado muitas pessoas, mas sempre homens maus. Alguém que vinha acertando tanto, era natural que tivesse certeza de seus méritos. Mas se essa certeza leva ao massacre de uma cidade, como fica? “E todo o resto das pessoas? Todos aqueles que acham que sabem o que é bom?”, pergunta o outro herói da série, Jon Snow (Kit Harington) . “Eles não podem escolher”, é a resposta que não deixa dúvidas: o caminho da tirania não tem volta.
Como fica o papel?
Entre as muitas teorias que os milhões de fãs — não há exagero, foram 18,4 milhões de espectadores do penúltimo episódio, apenas nos Estados Unidos — expuseram na internet, uma falava sobre a hipótese de Martin, um escritor americano, terminar sua história com uma república sendo proclamada em Westeros. Não foi o que aconteceu, mas quase. Diante de um reino sem rei ou rainha, a hipótese de uma democracia chegou a ser levantada por Sam Tarly (John Bradley) , levando todos os lordes e ladys às gargalhadas. Mas a tese de um reinado não hereditário acabou sendo o acordo possível para evitar novas guerras.
A HBO teve outro fenômeno de crítica e audiência, “Família Soprano”, na década passada. O final ambíguo (ou nem tanto) deixou muita gente frustrada, mas com o tempo as opiniões foram mudando. Já o final de “Lost” (talvez o maior sucesso da TV até “GoT”) é considerado um fracasso até hoje. Nesta madrugada, os tribunais da internet estiveram a toda, passando sentenças que só com o tempo saberemos se serão definitivas ou não.
Entre todas as perguntas respondidas pela série, uma, talvez a principal, permanecerá ainda por muito tempo um mistério: era esse o final imaginado por George R.R. Martin? Será esse o final nos livros? Porque, sim, ainda faltam dois volumes a serem escritos. O último, “A dança dos dragões” foi lançado em 2011, ano quem a série começou (coincidência?). Na manhã desta segunda-feira, Martin já saberá a opinião de todo o mundo sobre esse final. Será que ele vai levar em consideração essas opiniões na construção de sua versão? Será que ele deveria levar?

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