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Luis Lobianco será nudista em série da Globo: 'Nenhuma vergonha'

Papel deverá exigir do ator sequências sem roupa, o que não o intimida em absoluto

Redação iBahia • 06/10/2018 às 22:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 7:44 - há XX semanas

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Nada de férias para Luis Lobianco depois que "Segundo Sol" terminar. No dia seguinte ao fim da novela, em novembro, o ator, que acaba de assinar um contrato de três anos com a Globo, dará início aos trabalhos em "Shippados". Na série de Fernanda Young e Alexandre Machado, ele interpretará Valdir, um nudista. O papel deverá exigir do ator sequências sem roupa, o que não o intimida em absoluto:
Foto: Fernando Young | Divulgação
- Não tenho pudor com cenas desse tipo. Sinto mais vergonha, por exemplo, em fazer uma sessão de fotos, mesmo que vestido.
Lobianco adianta que surgirá diferente de Clóvis, seu personagem na trama das 21h:
- Vou mudar o visual e a caracterização será definida nos próximos dias. Já fiz algumas leituras, mas ainda não posso entrar de cabeça por ora porque estou na reta final da novela.
Antes de mergulhar no universo naturista de Valdir, Lobianco terá mais cinco semanas dedicadas a Clóvis. Nos próximos capítulos, sua história ganhará destaque e ele descobrirá quem é o verdadeiro pai de Badu (Davi Queiroz). Mesmo depois dessa revelação, se casará com Gorete (Thalita Carauta):
- Eu acho que o Clóvis amadureceu. Passou por muitos altos e baixos. E Gorete é a mulher que ama. Ele também é apaixonado pelo menino.
O ator ainda não sabe como seu personagem reagirá quando descobrir que Remy (Vladimir Brictha) está vivo. Mas dá seu palpite:
- Ele não tem maldade. É uma pessoa essencialmente boa. Acho que vai ficar feliz ao saber que o irmão não morreu, mas talvez um pouco decepcionado. Só espero que o Remy não o passe para trás novamente. Também torço para que Clóvis e Gorete façam muito sucesso, tenham um trio elétrico ou estrelem uma grupo superpopular, como o É o Tchan.
Se na ficção Clóvis e Gorete ainda não tiveram o devido reconhecimento, na vida real é diferente. "Sal na pele" já é um hit:
- Lançamos a base da música para um karaokê no Gshow. Também existe a ideia de incluir a música na playlist na novela.
Todo esse sucesso é sentido por Lobianco nas ruas:
- Acho que o Clóvis virou um filho de todas as famílias brasileiras. As pessoas que me encontram ajeitam a minha gola, perguntam se estou bebendo água etc. Parece que não existe uma tela nos separando. Desde que recebi a sinopse, soube que Clóvis seria parte de um drama familiar, mas que seria também um alívio cômico e estabeleceria uma conexão de afeto com o público.
Apesar de tantas manifestações de carinho, o ator também se tornou vítima dos haters da internet. Recentemente, postou uma foto com a família e com seu companheiro, Lúcio Zandonadi, e foi alvo de comentários homofóbicos. O ator acabou respondendo a uma dessas mensagens, e o ataque terminou em um debate entre seguidores do seu perfil no Instagram.
- Ficamos expostos nas redes sociais. Eu só uso mesmo o Instragram e não quero abrir mão dele porque gosto da conversa com o público. Vejo que 95% dos que estão ali me acompanham e torcem para o sucesso dos meus personagens, mas existem os haters. São pessoas dispostas a odiar sem ter um motivo. Costumo não responder, mas também não tenho sangue de barata. Principalmente quando mexem com a minha família.
Entre as gravações da novela e a preparação para a série, ele ainda encaixará na agenda apresentações da peça “Gisberta” na Cidade das Artes, nos dias 12, 13 e 14 de outubro. E fará uma temporada, no final de novembro e no início de dezembro, em Portugal. O monólogo conta a história da transexual Gisberta Salce Junior, morta em 2006 na cidade do Porto, em Portugal, após ser torturada.
Mesmo não interpretando o papel-título (ele dá vida a vários personagens que narram a trajetória dela), Lobianco foi alvo de críticas quando estava em cartaz, no começo do ano. Parte da comunidade trans protestou que a produção deveria ser estrelada por uma atriz transexual.
- A peça fez uma trajetória tão linda. Passamos por teatros lotados. Acho saudável a discussão através da arte. E é o que estamos precisando neste momento: o debate olho no olho, aquele que não quer ter razão, mas contribuir para o conhecimento do outro. Existe o debate de rede social, onde todo mundo quer ter razão. Esses, sim, foram violentos. A peça é para falar do amor, das últimas consequências do ódio. Se alguém quer abrir um diálogo com ódio, eu nem converso. A maior resposta é a do público: o espetáculo foi assistido por milhares de pessoas. Fiquei desesperado quando começaram as fake news dizendo que eu estava ganhando milhões. Imagina, um projeto que começou sem incentivo algum. Estou na estrada há 24 anos. Não foi fácil chegar até aqui. Acabei entendendo que o melhor era me desligar desse debate de Facebook para focar no trabalho. Essa militância mais radical foi minoria e tive apoio de movimentos LGBTs.
Em meio à rotina atribulada de compromissos profissionais, ele também tem planos de oficializar a união com Zandonadi, que é pianista e maestro. Os dois estão juntos há seis anos e meio:
- Já estamos casados, moramos juntos, mas queremos oficializar como forma de garantir nossos direitos civis, que foram tão difíceis de conquistar. Por enquanto, não vejo uma festa. Se for acontecer, será uma coisa bem íntima e muito afetiva como nós somos. Tentamos preservar a nossa intimidade e o que interessa para o público é o nosso trabalho.

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