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Nova minissérie da Globo debate a justiça com as próprias mãos

Trama gira em torno de quatro histórias de pessoas expostas a situações-limite e presas em uma única noite de 2009, em Recife

Redação iBahia • 21/08/2016 às 14:30 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:46 - há XX semanas

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Matar o cachorro do vizinho que atacou seu filho é justo? E planejar a morte do assassino de sua filha? É justo matar a namorada que te traiu? E deixar que outra pessoa vá presa no seu lugar, por um erro seu? Vale agir com as próprias mãos quando a lei não parece suficiente? Afinal, o que é justo?
A reflexão, no mínimo polêmica, está na nova minissérie da Globo/TV Bahia, Justiça, que estreia amanhã, às 22h15, logo após a novela Velho Chico. Para provocar o debate e mostrar que o “ser justo” depende do ponto de vista de quem fala, a trama gira em torno de quatro histórias de pessoas expostas a situações-limite e presas em uma única noite de 2009, em Recife.

				
					Nova minissérie da Globo debate a justiça com as próprias mãos
Uma coincidência une as quatro histórias simultâneas e independentes, nas quais o protagonista de um capítulo é o coadjuvante do outro. E tudo começa sete anos após a fatídica noite da prisão, quando essas quatro personagens cruzam os portões da penitenciária após saldarem suas dívidas com a Justiça.
"Justiça aborda vários temas acerca do justo sem levantar nenhuma bandeira. É importante preservar essa liberdade da dramaturgia: falar sobre um tema não quer dizer defendê- lo. Quando Shakespeare escreve Otelo, não está fazendo apologia ao ciúme; quando o Zé Padilha faz Tropa de Elite, não está defendendo o Bope ou a atitude daqueles personagens", esclarece a roteirista baiana Manuela Dias, 39 anos, autora da minissérie.
Assassinato e eutanásia são só dois dos temas abordados no texto que tem colaboração de Mariana Mesquita, Lucas Paraizo e Roberto Vitorino. “Não é uma discussão forense. É uma provocação para o público. Saber que o justo é uma questão particular”, reforça o diretor artístico José Luiz Villamarim, sobre a trama dirigida por Luisa Lima, Walter Carvalho e Isabella Teixeira.
Assassinos?Exibida de segunda a sexta-feira, com exceção de quarta, a minissérie inspirada em um drama real reúne 20 capítulos. Às segundas, o público conhece a história de Vicente (Jesuíta Barbosa), que comete um crime passional ao ver a noiva Isabela (Marina Ruy Barbosa) traindo ele com o ex.
“Tudo muda na vida do Vicente a partir do momento que mata Isabela”, comenta o ator pernambucano Jesuíta Barbosa, 25, sobre seu personagem. “Um ponto importante é que ele paga pelo crime, mas não se perdoa. Ele diz que é mais difícil sair da cadeia do que sobreviver na prisão”, completa o ator que depois de Justiça vai participar da minissérie Nada Será Como Antes, também dirigida por Villamarim.
Às terças, o telespectador conhece a história da doméstica Fátima (Adriana Esteves), que vê sua paz acabar com os novos vizinhos: o policial Douglas (Enrique Diaz) e a perua Kellen (Leandra Leal). O estopim acontece quando o cachorro do casal morde o filho mais novo de Fátima e ela não hesita em matar o animal.
Às quintas, vai ao ar o drama de Rose (Jéssica Ellen), jovem que busca se reerguer após ver seu sonho de entrar na faculdade ser destruído. O motivo? Em uma revista da polícia na festa de comemoração da sua aprovação no vestibular, a garota é levada presa por engano, vítima de racismo.

				
					Nova minissérie da Globo debate a justiça com as próprias mãos
Por fim, às sextas o público acompanha a história de Maurício (Cauã Reymond) que é condenado pela morte da mulher, a bailarina Beatriz (Marjorie Estiano). Devastado por ter aceitado o pedido desesperado da esposa por uma eutanásia, após ter ficado tetraplégica, Maurício decide se vingar do homem que a atropelou (veja boxe com Cauã).
Drama real“É claro que não defendo que pessoas tetraplégicas devam cometer eutanásia. Apesar de acreditar que esse direito deva ser discutido de forma consistente”, diz a autora da minissérie. Para ela, as boas histórias executam a difícil tarefa de tirar alguém de seu lugar e colocar no lugar do personagem.
“Dessa transferência pode brotar até um mundo mais tolerante, porque quando nos colocamos no lugar do outro e experimentamos suas dificuldades, podemos compreender mais suas reações e diminuir nosso julgamento”, acredita Manuela, que se inspirou na história de sua empregada para escrever Justiça.
“Ela me pediu ajuda para tirar o marido dela da cadeia. Ele estava preso por matar o cachorro do vizinho”, conta. “Na hora me deu um estalo sobre a dimensão pessoal das leis, elas atuam na nossa intimidade”, completa, ao reforçar que pessoas comuns têm grandes dramas.
“Sou a favor da lei sempre. Mas acho que o mais importante de Justiça é a reflexão sobre liberdade e sobre o que é justo”, pontua Jesuíta Barbosa. “E o que é justo pra mim, pode não ser pra você. Isso vai dar muito pano pra manga”, completa o ator.

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