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MÚSICA

"O axé não existiria sem Olodum e Ilê", diz Daniela no Pôr do Som

Comemorando 15 anos de existência, evento homenageou os blocos-afro e o centenário de Dorival Caymmi

• 01/01/2014 às 21:23 • Atualizada em 26/08/2022 às 20:09 - há XX semanas

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Daniela Mercury comemorou 15 anos de Pôr do Som
Celebração e homenagem foram as duas palavras mais repetidas por Daniela Mercury antes de subir ao palco na noite desta quarta-feira (1º), em mais uma edição do Pôr do Som, este ano realizado na Praça Cairu, no Comércio. Comemorando 15 anos de existência, o evento homenageou o aniversário dos blocos-afro, trazendo para a festa as participações do Olodum, Ilê Aiyê e Didá. O músico Dorival Caymmi também foi lembrado pelo seu centenário. Uma das novidades de Daniela para este show, que começou às 18h45, é a música 'Três Vozes', gravada em parceria com o Olodum e o Ilê. "O axé não existiria sem Olodum e Ilê. São 30 carnavais, 25 anos da gravação do 'Swing da Cor' e desde 89 que me encontro com o Ilê e virei a 'neguinha mais branquinha da Bahia'. Hoje estou aqui para celebrar a negritude, as políticas públicas contra o racismo e a força percussiva da Bahia", declara a cantora, lembrando o fato de o Pôr do Som ser coincidentemente realizado no Dia Mundial da Paz.
Cantora homenageou os blocos-afro e lembrou o centenário de Dorival Caymmi
Para Matheus Vidal, vocalista do Olodum, a relação de Daniela com o grupo é marcada por um profundo intercâmbio musical. "Não podemos deixar de dizer que os blocos colheram muitos frutos da fama de Daniela, das músicas que ela gravou... No início da década de 90, a percussão do Olodum gravou o 'Swuing da Cor', que levou ao cenário nacional a força dos tambores", acredita. A tradicional banda liderada por ele foi responsável por um dos momentos mais marcantes da noite, quando o público cantou em uníssono a canção 'Nossa Gente' ('Avisa Lá'). Daniela Mercury também tem uma história antiga com o Ilê Aiyê - a parceria remonta há mais de 20 anos. A afinidade é tanta que a cantora recebeu a alcunha de 'a neguinha mais branquinha da Bahia' pelo grupo locado no Curuzu. "Juntamente com o Olodum e a Didá, fazemos uma discussão percussiva muito grande nesse evento. O legal dessa história é que começamos 2014 de uma forma diferenciada e ela [Daniela] tem a perspicácia de saber que precisamos renovar os eventos da Bahia", comenta Edmilson das Neves, diretor do Ilê.
Olodum foi uma das presenças mais marcantes da noite, que também contou com Ilê Aiyê e Didá
Outro artista reverenciado foi o cantor e compositor baiano Dorival Caymmi, que completaria 100 anos no dia 30 de abril de 2014. Definido pela esposa de Malu como 'preto-mor', a homenagem foi feita através da canção 'Dois Parceiros'. "A música foi cantada por mim e gravada pelo Olodum. Hoje é a noite dos pretos e Caymmi, como 'preto-mor' que nos inspirou também será homenageado", disse a cantora. Cantando para um público de cerca de 65 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, Daniela animou o primeiro dia de 2014 com a mensagem: "Que a gente faça do ano de 2014 as realizações dos sonhos de 2013. Nós fomos para a rua e tivemos um Brasil melhor, sem corrupção, com educação de qualidade. E que ganhemos a Copa do Mundo!", desejou. *Com supervisão e orientação de Márcia Luz.

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