Na trama, Pullman vive um matemático genial, que vive de ganhar trocados em mesas de pôquer pelos bares de Nova York até ser interceptado pelo governo americano para representar o país em uma disputa de xadrez com o melhor jogador russo, em Varsóvia, na Polônia. A partir daí, a história se desenrola de uma forma morna para um filme sobre espionagem, estratégia de guerra, politicagem e afins. Não que ‘Partida Fria’ seja chato, mas o que minimamente se espera de um longa desse tipo é que seja um thriller tenso, nervoso e angustiante. Não é!
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Os personagens são bem concebidos, a direção de arte é impecável e a fotografia sem defeitos, mas a história não prende como deveria. A trama funciona mais como um lembrete histórico da rivalidade entre os governos e suas ideologias. Há, sim, picos de tensão, mas o filme deixa a desejar no quesito ‘roteiro de tirar o folêgo’. Ainda assim, ‘Partida Fria’ é uma boa pedida para quem gosta de histórias do gênero, além de ser uma boa chance de ver Bill Pullman em cena, dessa vez emprestando seu talento para viver um professor genial, alcoólatra e encurralado por escolhas de terceiros.
Heyder Mustafá é jornalista e produtor cultural formado pela UFBA, editor de conteúdo da GFM e Bahia FM, apresentador do Fala Bahia e apaixonado por cinema, literatura e viagens.