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CINEMA

“Sérgio” reacende o orgulho de ser brasileiro

Filme biográfico tem Wagner Moura no papel principal

Redação iBahia • 29/04/2020 às 10:05 • Atualizada em 27/08/2022 às 5:20 - há XX semanas

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Em meio ao despreparo diplomático do atual governo e ao luto de quem tem uma carreira consolidada no Itamaraty, a Netflix nos presenteia com um filme sobre os últimos anos de Sérgio Vieira de Mello, diplomata brasileiro e Alto Comissário das Nações Unidas, que ganhou notoriedade ao se destacar como um exímio negociador e protetor dos Direitos Humanos. Morto no Iraque em 2003, Sérgio é interpretado por Wagner Moura, que empresta seu talento para lembrar a importância desse carioca não só para a história recente do Brasil, mas para todo o mundo.

O filme começa com o protagonista partindo para uma missão delicada e arriscada em Bagdá, dois anos depois do atentado às Torres Gêmeas, em Nova York, e logo após Saddam Hussein sair do poder. Como enviado da ONU, a função de Sérgio era iniciar uma transição democrática no país que, até então, desconhecia outra forma de governo diferente da ditadura. Bom negociador, o brasileiro já havia atuado com sucesso no Timor Leste e ganhou total confiança para repetir o feito no arrasado Iraque.

Entre as cenas que mostram sua facilidade para dialogar com os mais diversos líderes, a habilidade para entender os anseios da população, o respeito que ele tinha de governantes e a confiança que passava à sua equipe, o filme apresenta também um Sérgio cuja vida pessoal era desastrosa, com pouca convivência com os filhos e nenhum contato com a esposa. Todo esse cenário foi propício para que o diplomata se apaixonasse pela economista argentina Carolina Larriera, vivida pela espetacular atriz cubana Ana de Armas.

Ambos, Wagner e Ana, se entregam verdadeiramente à história e apresentam um trabalho prazeroso de se assistir. Ela em nada se parece com a jovem boba do filme ‘Entre Facas e Segredos’ e ele nem de longe lembra Capitão Nascimento ou Pablo Escobar. ‘Sérgio’ é um excelente resultado de boas atuações, grande entrosamento do elenco, bela fotografia, eficiente direção e uma história que enaltece as qualidades e a importância de um dos maiores diplomatas que a ONU já teve. Conhecer o legado de Sérgio Vieira de Mello é necessário, reacende o orgulho de ser brasileiro e mostra como a empatia e fazer o bem valem a pena, mesmo quando custam caro.

Heyder Mustafá é jornalista e produtor cultural formado pela UFBA, editor de conteúdo da GFM e Bahia FM, apresentador do Fala Bahia e apaixonado por cinema, literatura e viagens.

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