Com uma hora e quarenta minutos de atraso, Zeca Baleiro entra no palco da Concha Acústica vestido com um colete e uma gravata de luzes coloridas. O show começa com “Você não liga pra mim”, também a primeira música do volume 1 de “Coração do Homem Bomba”, que apesar da pegada ska, possui teclado marcante, típico de forrós.
A seqüência continua com “Alma não tem cor”, música de André Abujamra, vocalista do Karnak. Com menções a Luiz Caldas, o acordeom fala mais alto e prova que é possível ser brega com bom gosto. “Glamourosa”, de MC Marcinho, “dança do elefante”, do Claudinho e Buchecha e até surf music estilo Tarantino teve.
O público participa pela primeira vez em “Você é má”. Um pouco mais pra frente, Zeca finalmente dirige-se aos fãs explicando a falta de “loiras” em suas músicas, dizendo que “morena é uma rima mais fácil” e que “no fundo todos têm um caso com uma loira”.
Divertido, criativo, energético, Zeca primeiro oferece os ritmos brasileiros para depois mostrar a sua cara, sua personalidade. Com menos integrantes no palco, Zeca se sobressai e cria um clima mais íntimo confessando o nervosismo antes do show, já que a chuva atrasou a chegada dos fãs, e perguntou se “baiano tem chuva”.
Um show divertido, criativo, capaz de provar que cultura pode ser muito interessante. Apesar do preço do ingresso não ser acessível a todos – e o próprio espaço da Concha Acústica não ser de fácil acesso a todos – Zeca Baleiro agrada, encanta e também educa.
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