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Audição inspira cuidados na festa junina

Otorrinolaringologista fala sobre os cuidados para evitar traumas auditivos no São João

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21/06/2011 às 11:19 • Atualizada em 28/08/2022 às 1:58 - há XX semanas
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Quem está na expectativa para o São João, pensa imediatamente nos destinos da maior festa regional do Brasil, nas deliciosas comidas típicas e na música do sertão. Mas, para curtir bem toda a festa, é importante cuidar da saúde. Segundo a vice-presidente da Sociedade de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Bahia, Clarice Saba, as pessoas não dão muita atenção aos cuidados com o aparelho auditivo-fonador, o ambiente da festa junina reúne uma série de fatores que podem desencadear traumas acústicos. “As baixas temperaturas da época, a umidade e a fumaça dos fogos de artifício e fogueiras irritam as vias aéreas, podendo desencadear rinite alérgica, sinusite, faringite, laringite, traqueíte e otites” diz. As famosas bombas da época também são responsáveis por perda auditiva e zumbido. Podem até levar à perfuração timpânica e afetar o labirinto. A música que anima a festa também pode ser vilã, nos casos de exposição a altos volumes. “O nível de som que o ser humano pode suportar, sem comprometer o aparelho auditivo, é 60-70 decibéis, dependendo da intensidade e tempo de exposição. Em festas abertas, geralmente, a música é muito mais alta” comenta Clarice. Se as pessoas acompanham um show muito perto das caixas de som, por exemplo, podem desenvolver um trauma. Além disso, com o ambiente barulhento tendemos a falar mais alto, podendo prejudicar as cordas vocais. A especialista recomenda alguns cuidados básicos para aproveitar todas as festas e continuar bem depois delas. É importante evitar ficar muito próximo às caixas de som. Nestas circunstâncias, pode-se desenvolver a perda auditiva, normalmente precedida pelo zumbido, que neste caso seria o primeiro sinal do trauma acústico. O zumbido pode ocorrer durante ou imediatamente após esta exposição. Pode durar horas ou dias, a depender da lesão imposta ao ouvido por essa exposição sonora indevida. Crianças e adultos devem ficar afastados da fumaça, que pode causar obstrução nasal, tosse, disfonia (rouquidão), plenitude auricular (o ouvido se sente entupido como o nariz). A baixa temperatura peculiar desta época agrava os sintomas apresentados pela exposição à fumaça.

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