O Carnaval se aproxima e, para boa parte dos foliões, a melhor opção é mesmo curtir a festa no chão, correndo atrás do trio elétrico. Para quem não quer ficar na pipoca, é hora de tirar a mão do bolso e investir no abadá. Em alguns casos, o investimento na camisa pode significar um aperto no orçamento, ainda mais em tempos de crise. Mas a boa notícia é que é possível curtir a festa pagando até R$ 50.
É o caso do Bloco dos Servidores Públicos. Antigo Bloco da Camisinha, o grupo voltou a desfilar em 2016, quando a cantora Gilmelândia foi a atração. Este ano, a missão de animar os foliões será da cantora Mari Antunes, do Babado Novo. Segundo Ito Moreira, diretor do bloco, a expectativa é de que 3 mil pessoas participem do desfile na sexta-feira de Carnaval (24), no Circuito Osmar, no Campo Grande.
“A gente ganha a atração e cobra apenas uma taxa, que este ano vai ser de R$ 50, para cobrir os custos básicos com carro, carro de apoio e segurança. Apesar de se chamar Bloco dos Servidores Públicos, está liberado para familiares, empresas, amigos, para todas as pessoas que queiram comprar”, explica Ito.
Para quem curte instrumentos de sopro, uma boa opção pode ser o Bloco Soagente. O tradicional grupo de fanfarra desfila no Circuito Sérgio Bezerra, na Barra, há seis anos, no primeiro dia da folia. A camisa individual fica por R$ 70, mas o valor pode cair para R$ 60 na compra da casadinha (duas camisas), por R$ 120.
A banda tem 30 músicos e a expectativa é de que 500 pessoas participem da festa este ano. Quem garantir o abadá, além de aproveitar a folia, vai contribuir com uma causa social, como explica o presidente do bloco, Cristiano Silva.
“O bloco foi criado por uma turma de amigos. A gente se reunia para bater papo e tivemos a ideia de reunir o bloco sem fins lucrativos. A gente consegue os apoios e com o dinheiro arrecadado, pagamos os músicos, custos de segurança, carro de apoio. O que sobra, a gente compra de alimento e doa para instituições”, conta.
“As doações acontecem no sábado depois do Carnaval. Há três anos, a gente faz a doação para a Casa de Repouso Bom Jesus, que fica em Tubarão, e para a Associação de Blocos de Instrumentos de sopro, que repassa para outros grupos”, explica Cristiano.
O CORREIO pesquisou em sites especializados e encontrou outros blocos com valores que variam entre R$ 100 e R$ 200 o abadá. Atrações que vão desde os blocos independentes até outros mais badalados como o Alô Inter (R$ 100), que se apresenta com a banda Duas Medidas no Campo Grande, e o Balada, que será puxado por Tuca Fernandes e Léo Santana no Barra-Ondina.
Sem crise
Nas lojas especializadas em abadás e camarotes, as vendas seguem a todo vapor. De acordo com Luana Melo, gerente de vendas da Axé Mix, uma das estratégias para fisgar os clientes é oferecer facilidades como dividir as parcelas no cartão de crédito. Para ela, não há crise para o Carnaval.
“Essa semana melhorou bastante, estamos com camarote novo, o Cerveja & Cia e Reino, é a aposta da Axé Mix. O bloco de Ivete também está vendendo bem. Como ela só vai se apresentar dois dias aqui em Salvador, a procura está sendo grande”, explica. Ainda segundo Luana, as vendas costumam aumentar próximo ao início da festa. Ela alerta que comprar de forma antecipada garante vantagens.
“Quanto mais cedo, melhor, já que o preço aumenta perto do Carnaval. A gente costuma facilitar dividindo em todos os cartões, normalmente em oito vezes para não entrar juros. Crise não existe para o Carnaval. A gente achou que iria ter uma queda nas vendas este ano, mas estamos vendendo bem. Tem bloco que já esgotou”, conta.
Já na Central do Carnaval, uma das opções para quem quer ganhar desconto é garantir mais de um bloco. “Tem folião que não abre mão dos blocos tradicionais. Estamos com uma promoção que na compra de dois ou três dias de Carnaval ganha um desconto de até 25%”, explica a gerente Larissa Teixeira.
0800
Outro destaque da programação do Carnaval de Salvador deste ano são os blocos sem corda. A lista divulgada pelo Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) aponta 300 atrações em trios sem cordas - música especialmente para o folião pipoca na festa soteropolitana.
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Redação iBahia
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