O Rio Vermelho recebe nesta segunda-feira (2) uma das comemorações mais tradicionais da boa terra: a festa de Iemanjá. Flores e perfumes são algumas das oferendas levadas ao mar por pescadores, dadas por toda a população crente na orixá. O evento, no entanto, começa cedo. Logo às 3h da madrugada, os pescadores vão entregar os presentes de Oxum, a rainha das águas doces.
Depois, já no Rio Vermelho, uma alvorada de fogos anuncia a entrega dos presentes para a rainha do mar, que podem ser entregues até às 15h30. Depois disso, às 16h, os pescadores realizam uma procissão marítima, onde os cerca de 500 balaios que estão no local desde o sábado (31) serão divididos para depositar os presentes a aproximadamente seis quilômetros da costa, em um ponto chamado "Buraquinho de Iaiá". Neste ano, a organização conta com 252 fiscais da Secretaria Municipal de Ordem Pública, mas não haverá fiscalização para exclusividade na venda de cervejas pelos ambulantes. A estrutura para garantir a limpeza da festa conta com 250 agentes, 225 sanitários químicos e 25 banheiros convencionais. Segundo matéria publicada pelo jornal Correio, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) apontou um investimento de R$ 110 mil - sete mil a mais do que no ano passado. O valor será pago após a festa. A Polícia Militar também conta com um esquema diferenciado para esta segunda (2). São 773 policiais fazendo a segurança e apoiando a passagem do presente principal pela multidão. A Polícia Civil será reforçada com 40 servidores no plantão, que funciona das 7h deste domingo (1) até às 19h de amanhã (2). A festa também conta com atrações musicais que se apresentarão no palco da Praça Brigadeiro Faria Rocha, próximo à Companhia da Pizza. A Banda do Rio Vermelho e o Bailinho de Quinta são algumas das atrações. Eventos particulares também ocorrem nos quatro cantos do bairro. A festa de Iemanjá teve início em 1923, quando um grupo de pescadores ofertaram presentes à Iemanjá devido à uma escassez de peixes. De acordo com relatos populares, os peixes voltaram e, depois disso, os pescadores passaram a presentear a orixá como forma de agradecimento, aproveitando para pedir fartura e um mar tranquilo. Vale lembrar quem o sincretismo religioso na Bahia faz com que os adeptos do Candomblé presentearem Iemanjá, mas os católicos vestem-se de branco e se unem aos demais para celebrar Nossa Senhora da Conceição.
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