Gente como a gente: Daniela anda de metrô e faz micareta na Lapa

Sair da estação de metrô Acesso Norte até a estação da Lapa poderia ser o roteiro de qualquer trabalhador de Salvador. Nesta quarta-feira (15), quem passou por essa experiência foi Daniela Mercury, e o iBahia esteve lá para acompanhar tudo de perto. Convidada do Fuzuê de Verão na Nova Lapa, a cantora aproveitou a oportunidade para andar de metrô, interagir com os fãs e, claro, dar uma 'palhinha' durante o percurso.

Na Nova Lapa, fãs já aguardavam Daniela para a participação do programa da Bahia FM, comandado por Maurício Habbib e Marrom. Na sua participação no programa, a artista comandou uma verdadeira micareta com músicas desde os clássicos até as mais atuais. Até mesmo quando o programa já havia acabado, a "Rainha Má" não queria abandonar o público. Puxou quase uma pipoca ao som de sucessos como "Pérola Negra" e "Maimbê Dandá". Confira trechos da participação da cantora no programa e fotos da participação:

Metrô

"Vim de metrô para vê-los, para conhecer o metrô da cidade, e adorei. Estou me sentindo assim em uma cidade onde todo mundo tem espaços legítimos e dignos para se mover. Eu queria um trio elétrico com ar-condicionado que nem o metrô. Dancei e cantei com todo mundo, foi uma delícia".

Empoderamento no Carnaval

"Um Carnaval só não me cabe. Precisava de uns dez dias pelo menos"

"Sexta-feira saio na pipoca na Barra, que tem mais de 17 anos. Aí teremos a ostentação LGBT, que eu estou chamando assim. A ostentação gay que tem muito brilho. Vamos falar de moda, que tem muito a ver com gays. Grandes estilistas são gays, artistas, jornalistas, muita gente inteligente. Pessoas corajosas. Aí nesse dia fiz uma mistureba, trouxe MC Bejinho, um dos maiores ícones de empoderamento negro. E eu separei porque no fundo o ser humano não precisa de separação, precisa de união. E a coreografia será inspirada no 'estileto'. É uma dança de exagero feminino. Então as performances sexta-feira, se preparem".

"No sábado eu faço o Farol da Barra, show no palco, por volta da meia noite. Quando o último bloco passar, eu assumo a barra, mais de 3 horas de show. Vou homenagear os 50 anos da Tropicália e os 70 anos de Moraes".

"No domingo será uma homenagem ao empoderamento feminino, com os abadás com obras do artista Iuri Sarmento, e estão lindo, inclusive. Nesse dia do feminino que vem a Pablo, que é a drag queen maravilhosa que canta no 'Amor & Sexo'. Vai ser uma apresentação linda, com cenografia linda".

"Na segunda-feira faço empoderamento negro, com outro abadá de [Iuri] Sarmento, e com Vovô do Illê em cima do trio, e outros convidados".

"Vou fazer o Carnaval em São Paulo também, no dia 5 de março, no domingo depois do Carnaval".

Carnaval Sem Cordas

"Eu não me considero responsável por nada [em relação a ter sido pioneira no carnaval sem cordas]. Me considero irresponsável, pois fiz muita loucura na minha vida. Coisas que vieram do coração. Eu sempre adorei fazer blocos, com corda ou sem corda, para mim nunca teve tanta diferença. Os turistas acham que os blocos são mais seguros, e eu queria que eles vissem que o Carnaval é seguro, que lidar com a gente não tem problema nenhum. Eu queria que todo mundo podesse se misturar. A coisa mais linda é ver de cima aquela multidão fazendo o mar de gente, tem mais espaço".

História

"Eu junto muita coisa sobre mim. Com esse negócio do documentário do 'Axé', eu resgatei muita coisa. Eu guardei a primeira matéria que saiu sobre mim na Companhia Clic. Guardei notas sobre eu cantando em uma barzinho. Quando eu peguei meu caderninho que eu tinha colado as reportagens, o olho encheu de lágrima"