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Cintra: "receita para ir bem no clássico é a experiência" |
Nos últimos dois anos, Rodrigo Cintra passou mais tempo no gabinete que no campo. O árbitro do Ba-Vi de domingo, por exemplo, até segunda-feira chefiava a Secretaria Municipal de Esporte, Juventude, Lazer e Copa do Mundo de Natal: foram 12 meses no cargo. Antes, executou função semelhante na prefeitura de Salvador. "Fiz interlocuções com governo e Fifa, coordenei projetos internos e estou muito feliz com os resultados até aqui. Não tenho dúvidas que Natal estará na Copa", confia. Com 15 anos de carreira, Rodrigo Cintra é um andarilho da vida. Apita, mas não vive só do apito. Mineiro, formou-se em educação física por lá mesmo, fez pós-graduação em administração e marketing já em São Paulo e conclui, em Barcelona, curso máster em gestão de entidades esportivas. Depois, quer engatar doutorado unindo atividade física, saúde e qualidade do ar na Ufba. "A receita para ir bem no clássico é justamente a experiência. Não existe remédio melhor que anos de trabalho. Você ganha técnica e calma para tomar a decisão na hora certa", comenta o árbitro. Ano passado, Cintra também comandou o primeiro Ba-Vi do ano: 3x0 Vitória, no Barradão. "Fui discreto e ninguém reclamou. Que domingo seja assim", torce o juiz, que é casado com uma baiana. Este ano, apesar da agenda apertada, esteve em duas das sete rodadas: Vitória 0x0 Itabuna e Flu de Feira 0x3 Vitória da Conquista. "Dois jogos tranquilos, poucos cartões. Interfiro pouco na dinâmica". Justamente pelos compromissos extra-campo, Rodrigo Cintra só estava disponível nos fins de semana. Por hora sem compromissos com a Copa, vale usar o Ba-Vi pra também aparecer no meio de semana.