"Carrossel rubro-negro" é a receita para chegar à Libertadores

O sucesso no esporte coletivo passa pelo ideal de solidariedade, onde cada um precisa jogar por si e também pelos companheiros. A prática dessa lógica muitas vezes é ignorada. Mas não no Vitória de Ney Franco. Os jogadores até têm posição de origem, mas se multiplicam em campo, como os rubro-negros vão fazer domingo nas arquibancadas do Barradão: já são 28 mil ingressos vendidos contando o Sou Mais Vitória.No total, sete jogadores atuam com frequência em mais de uma função. Tudo depende da necessidade do professor, que vem inovando em prol do futebol ofensivo nesses 14 jogos no comando da equipe. “Estamos dispostos a jogar em qualquer posição que o professor pedir .Ojogador de futebol tá ali pra ter desafio na vida. E é isso que a gente está buscando”, comenta Marquinhos, já utilizado como atacante pela direita, esquerda, além de fazeruma espécie de quarto homem de meio, como em vários momentos no triunfo por 3x2 sobre o Fluminense, no domingo."Um dos melhores do Brasil", atacante compara fase com Caio e NeyIngressos para jogo entre Vitória e Corinthians estão à vendaNessa mesma partida, Cáceres, habitual segundo volante, fez o papel de primeiro após a saída de Michel em decorrência da expulsão de Kadu. O paraguaio também já atuou de meia no empate por 2x2 como Inter, quando marcou dois gols. Escudero é outro do setor ofensivo que se doa demais. Normalmente aberto pela esquerda, já atuou como meia centralizado encostado nos atacantes, além de segundo volante.Até Cajá, de perfil pouco combativo, chegou a atuar como um volante pela esquerda no empate por 1x1 com a Portuguesa. Isso sem contar Luiz Gustavo, zagueiro, volante e lateral-direito na versão Ney Franco. Já Alemão, que chegou como opção para homem de área, vem entrando como um meia. Opção para confundir os rivais não falta. “Isso tem feito a diferença”, confia Marquinhos.