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Cautelosos, jogadores do Bahia elogiam adversário

Técnico René Simões, porém, quebra o silêncio e diz que os atletas não podem falar o que querem antes do duelo contra o Grêmio

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04/06/2011 às 11:20 • Atualizada em 29/08/2022 às 16:48 - há XX semanas
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René Simões quebra o gelo, mas também mantém postura de respeito
Uma mentirinha de leve não faz mal a ninguém. No futebol, então, vale quase tudo para sair vitorioso. O elenco do Bahia aprendeu direitinho como desviar a atenção do adversário. Pelo Fazendão, ninguém quer deixar o Grêmio mordido. No discurso, a palavra da vez é cautela. E a precaução tricolor tem explicação. A última vitória na Série A do Brasileiro aconteceu há mais de sete anos, no Pacaembu, dia 30 de novembro de 2003: Corinthians 1x2 Bahia. No retorno à elite, dois jogos e nada. Domingo, às 16h, no estádio Olímpico, o Esquadrão terá a oportunidade de vencer a primeira na Série A e quebrar o tabu de nunca ter batido os gaúchos em seus domínios. Até agora, em jogos do Brasileiro, foram nove partidas, com seis empates e três derrotas. Frio? Viagem longa? Torcida? Diversas são as justificativas para um retrospecto desfavorável. "Jogar no Olímpico sempre foi difícil. A torcida deles joga junto e vai ser complicado", falou o meia Camacho, confirmado no time titular. Mas para espantar o jejum, nada como um atacante arisco e em boa fase como Jóbson. Apesar do otimismo, o camisa 11 ameniza a empolgação dos torcedores. "Quero fazer meu gol lá, mas o Grêmio é complicado atuando em casa", repete. A afinação da dupla Jóbson e Souza, visível nos treinos, é a esperança tricolor no Sul. Somado à velocidade de Lulinha, um trio para surpreender o Grêmio de Renato Gaúcho. Atropelar - Papo vai, papo vem, os jogadores não param de elogiar o time gaúcho. Mas nada como um técnico sincero para desmascarar essa conversa fiada. "Eles não podem dizer a verdade, o que estão pensando por dentro. Ninguém quer dar munição ao Grêmio e dizer que vão atropelar", soltou o comandante René Simões. Após abrir o jogo, o treinador não esqueceu de voltar ao manual. "O Olímpico é um caldeirão. É óbvio que eles são fortes lá". Tá bom, professor. Já entendemos o recado... Mas nem todos no Bahia adotam o discurso cuidadoso. Depois de uma derrota para o América Mineiro e um empate contra o Flamengo, o volante Fahel sonha apenas com o primeiro triunfo no campeonato, ainda mais se for para quebrar um tabu. "Não podemos deixar a vitória para o próximo jogo, ainda mais quando se fala em Brasileiro. Tabu é feito pra ser quebrado e vamos pra lá fazer isso". O lateral Ávine acompanha. "Começar bem é sempre importante. Já vacilamos nas duas primeiras rodadas e chegou a hora de recuperar. Estamos devendo, mas trabalhamos pra conquistar os três primeiros pontos".

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