Chegar à Seleção é cada dia mais fácil. Difícil é continuar. No ciclo entre as Copas de 2010 e 2014, o Brasil já teve 106 jogadores diferentes convocados. Para os amistosos contra a Itália, quinta-feira, em Genebra (Suíça), e contra a Rússia, próxima segunda, em Londres (Inglaterra), o novato será o atacante Diego Costa, do Atlético de Madrid.A rotatividade impressiona. Na era Dunga, entre os Mundiais de 2006 e 2010, foram 85 convocados, contra os atuais 106 da dupla Mano Menezes/Felipão. Luiz Felipe Scolari manteve parte dos 102 chamados por Mano e enxertou quatro novidades: os zagueiros Miranda e Dante, e o lateral Filipe Luís, além do atacante Diego Costa. E ainda falta um ano e três meses para a Copa, com início dia 12 de junho de 2014.A Copa das Confederações sim, está bem mais perto. E a apenas três meses do evento-teste para o Mundial, o Brasil não tem time-base ou estilo de jogo definidos. Só lateral-direito Daniel Alves, os zagueiros David Luiz e Thiago Silva e o atacante Neymar sobreviveram às mudanças. Estiveram em todas as listas, exceto por motivos de lesão ou suspensão. Por outro lado, Kaká e Ronaldinho, já eleitos pela Fifa como melhores do mundo, parecem fazer disputa particular por vaga no grupo.O reflexo da filosofia está no campo. Nos 34 jogos desde a eliminação diante da Holanda, na África do Sul, foram 21 vitórias, seis empates e sete derrotas. A Seleção caiu nas quartas de final da Copa América, foi vice-campeã nos Jogos de Londres e venceu duas vezes o Superclássico das Américas — exclusivamente com atletas que jogam no país.Experiente, Luiz Felipe Scolari aposta em tratamento de choque. O Brasil, com o time principal, perdeu todas as cinco partidas contra campeãs mundiais neste período — Argentina (1x0 e 4x3), França (1x0), Alemanha (3x2) e Inglaterra (2x1) —, mas o técnico quer, justamente, mais amistosos contra adversários de primeira linha. Além da Itália, há jogos contra Inglaterra e França até as Confederações.A crença é que a nova geração, liderada por Neymar, precisa se acostumar com a pressão. As duas próximas competições são diante da torcida e as dificuldades vão amadurecer os jogadores individualmente e como conjunto. Um ajudará o outro, criando espírito de unidade. Como uma família. Uma nova família Scolari.Leia mais Ecopa e Saltur lançam aplicativo para Copa das Confederações; baixeTécnicos negros têm pouco espaço no futebol brasileiro; racismo?
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade