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Atacante se recusou a deixar o campo, mas balançou as redes |
Ainda rende a indisciplina do atacante João Neto ao se recusar a ser substituído durante a partida entre Bahia e Bahia de Feira, domingo passado (8), em Pituaçu. Por quatro vezes, o quarto árbitro levantou a placa eletrônica, mas o atacante relutou e só deixou o gramado após de marcar o gol da primeira virada do jogo.Do ponto de vista da regra do futebol, não havia nada previsto que pudesse punir João Neto pelo episódio. Ou seja, Gleidson Santos Oliveira, árbitro da partida, não poderia aplicar cartão ao atleta. Mas o
iBahia Esportes conversou com Manuel Serapião, comentarista de arbitragem da TV Bahia, para mais esclarecimentos. Segundo Serapião, embora o cartão não fosse previsto, o árbitro teria de adotar outra postura. "Ele tinha que tomar atitude no sentido de mostrar ao público que tentou contornar a situação. Ele teria que orientar o jogador a sair. Mas, como ele continuou recusando, o árbitro tem que comunicar ao seu assistente para que o outro jogador voltasse ao banco de reservas". Para o comentarista, João Neto desafiou a organização da partida, mas o árbitro não poderia tirá-lo de campo. "A regral é clara: Gleidson não pode obrigar o jogador a sair de campo. Somente tentar resolver do ponto administrativo. João Neto desafiou o clube e também desrespeitou o andamento da partida, o público. Mas, se ele quisesse continuar em campo até o fim do jogo, nada poderia ser feito". Pelo comportamento, a diretoria do Bahia de Feira vai aplicar multa salarial no atleta (cerca de 20%), mas ele está confirmado no jogo contra o São Paulo, quarta, no Joia da Princesa, pela Copa do Brasil. "Recebi uma mensagem de Deus que algo de bom iria acontecer", explicou o atacante logo após deixar o gramado.