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Confira os bastidores da reunião que vetou torcida única no BaVi

Na terça, reunião entre torcidas organizadas, Bahia, Vitória, Polícia Militar e Ministério Público rejeitou a proposta de torcida única

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04/04/2012 às 16:30 • Atualizada em 30/08/2022 às 1:04 - há XX semanas
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Muito barulho por nada. Na prática, a ameaça de restringir a presença dos torcedores nos clássicos acabou só como um puxão de orelhas. Nada de torcida única, todo mundo junto nos BaVis. A proposta não atingiu consenso na reunião realizada terça-feira (3) entre torcidas organizadas, representantes de Bahia, Vitória, Polícia Militar e Ministério Público. A alternativa lançada pela Federação Baiana de Futebol- restringindo apenas os acessos de Bamor e Os Imbatíveis -, também foi reprovada. Clubes e organizadas mantiveram suas posições: tricolores favoráveis à torcida única, rubro-negros contrários. Sem acordo, a decisão foi aumentar o monitoramento e manter a cota de 10% dos ingressos para a torcida visitante, com devido isolamento. Está mantida ainda a retenção de, no mínimo, 20 minutos na saída, para evitar confrontos com a torcida mandante.
“Não tomaremos medidas unilaterais, mas criamos um espaço para o diálogo. Nossa intenção é discutir medidas preventivas, até porque não existe nenhum BaVi programado neste momento”, argumentou o promotor Adalvo Dourado, que conduziu a audiência ao lado de outros dois promotores, Antônio Leal e Olívio Campinho. Dourado, no entanto, não descartou procurar o Tribunal de Justiça para sugerir a adoção de medidas punitivas às torcidas e reforçou a importância do cadastramento dos integrantes de Bamor e Os Imbatíveis, dando a entender que o número de filiados apresentados - 400 da Bamor e 500 da Imbatíveis - não corresponde à realidade.Diante da resistência de Imbatíveis e do Vitória à proposta de torcida única, o vice-presidente e assessor jurídico da FBF, Manfredo Lessa lançou alternativa para apreciação. Sugeriu que, em clássicos disputados no Barradão, a Bamor não pudesse entrar uniformizada, nem portando faixas e bandeiras. O mesmo aconteceria com a Imbatíveis nos BaVis disputados em Pituaçu. Mais uma vez, a Imbatíveis foi contra. Representante do Vitória, o advogado Manoel Machado primeiro se absteve, mas na hora de assinar a ata, se ‘solidarizou’ com a organizada. “Pensei que a votação era apenas entre as torcidas”, justificou.Juizado - Sem outra proposta na mesa, ficou decidido manter as regras atuais, com maior monitoramento. O presidente da organizada rubro-negra, Gabriel Oliveira, defendeu punições rigorosas para os infratores e lembrou que há mais de um ano a torcida não se envolve em confusão. “Não posso ser punido porque alguém briga na Valéria”, disse.Jorge Santana, presidente da Bamor, cobrou a implantação do Juizado Especial do Torcedor, para julgar os delitos no próprio estádio. “Já chega de todo BaVi a gente perder tempo em reuniões e a PM ter que servir de babá das torcidas”, desabafou. Apesar de MP e PM reclamarem para si a autoria da proposta de torcida única e a iniciativa de discutir alternativas para a violêncianos clássicos, o vice-presidente jurídico do Bahia, Ademir Ismerin, acredita que foi queixa encaminha pelo clube quem motivou a discussão. Ismerin questiona o espaço dedicado aos torcedores tricolores no Barradão e pediu vistoria da PM antes de cada jogo, o que deve acontecer no mando de campo dos dois clubes de agora em diante.O Major Henrique Melo, responsável pelo Batalhão Especial de Policiamento em Eventos, disse que a violência nos estádios reproduz o que vivemos nas ruas. “A PM gostaria que não fosse necessária sua presença nos estádios”. Pelo menos, de acordo com a ata da audiência, a escolta das torcidas no caminho dos estádios não será mais realizada.

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