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O presidente do Bahia, Marcelo Sant'Anna falou sobre a lógica de contratação e distribuição econômica no futebol brasileiro. Convidado do programa 'Bola da Vez', do canal de televisão fechada ESPN, o mandatário tricolor tocou em pontos sobre a sua administração no clube e a preocupação com as fases finais do Campeonato do Nordeste e do Baianão. "Contratar jogador é muito fácil. Eu estou com meu celular aqui e se ligar para um empresário contrato dois ou três jogadores. Pagando salário de R$ 50, R$ 100, R$ 200 mil, é muito fácil. O difícil é pagar. O futebol brasileiro não tem essa consciência. O dirigente muitas vezes quer tirar o dele da reta. Por exemplo. Eu agora eu estou duas semifinais, se perder é crise certa. O torcedor do Bahia não vai aceitar que a gente perca, principalmente o Campeonato Baiano que o rival foi eliminado nas quartas de final. Eu vou ser muito pressionado. Qual a forma mais fácil de dar uma resposta? Contratar um jogador. Você cala a boa. Você contrata um jogador que tenha nome, fama, um discurso bom para conquistar o torcedor e ele te blinda. Mas essa blindagem tem prazo de validade. É o mês seguinte quando você não paga o salário", explicou o presidente tricolor. Marcelo falou ainda sobre as dívidas do Esquadrão, De acordo com o presidente, o Tricolor tem uma dívida de 178 milhões de reais, R$ 127 mi só em tributos com o governo federal, e pediu mais responsabilidade dos dirigentes brasileiros. "A gente fica nesse modelo falido, não tem muitas vezes vontade de cortar na carne, de mudar esse sistema e a gente se prejudica. O dirigente também se prejudica. Quem vai pagar essa conta? É o dirigente que faz a irresponsabilidade, e se não é ele é o sucessor que muitas vezes é do mesmo grupo político. As vezes é de outro grupo político e ele gosta quando estoura o problema ele diz que o problema não é dele, que na gestão dele... mas e o endividamento? O Bahia tem um endividamento de 178 milhões de reais. 127 com dívidas tributarias federais. Esse endividamento quem fez? Fui eu? Mas se eu não pagar o salário quem vai preso sou eu. Essa responsabilidade que tem que ter", concluiu Marcelo.