Daniel Alves era só sorriso no seu retorno a Salvador. Natural de Juazeiro, no Norte do estado, ele concedeu entrevista coletiva antes do último treinamento da Seleção, em Pituaçu, para o jogo contra o Peru, hoje, às 21h, na Fonte.Titular e um dos mais experientes jogadores do atual elenco, Daniel falou sobre a liderança exercida. “Todos podem ser líderes. Por minha experiência, tento contribuir, mas há outros experientes como Kaká, Neymar, que apesar da idade é bastante maduro nesse aspecto. A galera tem bastante liberdade para opinar, essa abertura é fundamental”, disse.
Apesar da simpatia característica, o lateral do Barcelona estava com a língua afiada e teceu críticas a ex-jogadores, hoje comentaristas, sem citar nomes.“Acredito muito em energia, aqui no Brasil a energia é um pouco pesada. Nosso país é muito crítico e pouco paciente. As coisas ruins vendem mais que as boas. Se remassem todos para o mesmo lado, as coisas fluiriam mais. Sentimos falta de respeito mútuo. No Brasil, há tanta gente que não sabe nada de futebol falando de futebol. Não tapamos os ouvidos nem fechamos os olhos, queremos crescer e melhorar. Mas as pessoas falam como se fosse fácil jogar futebol. Até mesmo quem já jogou e fazia as mesmas cagadas, as mesmas merdas que fazemos hoje”, cutucou o baiano.Abordado sobre diversos assuntos, ele também comentou a situação do Bahia, clube onde foi revelado, que não conseguiu o acesso à Série A de 2016. “Não estou contente, mas não posso opinar sobre o que não vivo. Houve motivos para isso não acontecer, mas vivo de longe, acompanho resultados e informações pela internet. Sinto muito pelo Bahia não ter subido, mas espero que, no ano que vem, ele volte ao lugar que seus torcedores e a história do clube merecem”. Ao fim do treino, Daniel Alves foi um dos que mais deram atenção ao público em Pituaçu e foi surpreendido por um “tiete” especial. O volante Jair, com quem jogou no Bahia entre 1998 e 2002, estava no alambrado para tentar reencontrar o amigo. “Desde a época do Bahia não falo com ele, perdemos contato. Quero tentar bater um papo, aquela velha resenha de sempre”, disse Jair, 33 anos, que atuou pelo Jacobina neste ano.Jair chegou a ser convocado para a seleção olímpica na temporada 2003, quando atuou ao lado de Kaká, que hoje ainda veste a camisa verde e amarela da Seleção. Ao conseguir falar com Daniel Alves no fim da atividade, o volante era só entusiasmo. “Ele mandou esperar ali no portão pra gente se falar”, comemorou.
Foto: Rafael Ribeiro / CBF |
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