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Zagueiro revelado pela base vai substituir Rodrigo, suspenso |
Apesar da idade, é um menino de cabeça feita esse Dankler. Criado na Cidade Nova, o zagueiro de 20 anos veste a camisa titular do Vitória amanhã, às 16h, contra o Feirense, em Senhor do Bonfim, cheio de metas na vida. A primeira delas é dar conta do recado na primeira partida da semifinal do Baiano, já focado numa futura titularidade definitiva.E, pra quem não sabe, esse é um projeto na carreira do garoto já papai de Kenzo Luís, um mês de vida. Torcedor do Vitória desde menino, ele começou na escolinha do clube. Após se destacar num torneio contra a base rubro-negra, ganhou a chance de viver o Leão como profissão. Chegou volante, virou zagueiro e já se vão seis anos desde então.“Quero jogar e deixar Ricardo Silva com dúvida na hora de dormir. Quero que ele olhe pro banco e não tenha dúvida de quem botar. Quem chega no profissional do Vitória tem que ter qualidade e estar preparado pra qualquer situação. Quero ser titular”, projeta Dankler, quatro meses de profissional e 11 jogos: seis como titular e cinco reserva.Alcançar a camisa 3 será um dos primeiros passos para chegar em outro sonho. “Meu ídolo cresceu no Vitória, que é David Luiz (beque da Seleção). Ele dá bico quando tem que dar, sai jogando quando tem que sair. É completo. Quero chegar no nível dele”, foca. David Luiz, que na próxima terça tentará parar Messi pela semifinal da Liga dos Campeões da Europa, foi vendido para o Benfica após se destacar no acesso do Vitória da Série C pra B, em 2006.
Faculdade - Dankler também pensa além da carreira. Com segundo grau completo, a ideia do zagueiro é cursar Educação Física num futuro próximo. “Só não entro agora porque estou muito sem tempo. Mas estou pensando na faculdade pra garantir meu futuro após o futebol. Nenhuma dessas minha metas é fácil, mas vou lutar no dia a dia pra alcançar todas elas”, bota fé.Assim, fica fácil perceber que vai sobrar entrega do garoto amanhã em Bonfim, pronto pra parar o Feirense, time que tem média superior a dois gols por jogo como mandante: são 21 em 10 jogos. “Nós temos a defesa menos vazada do Baiano e temos que manter isso. Precisaram de mim no Ba-Vi (0x0 em Pituaçu, dia 12/2) e fui bem. Minha ideia é ir melhor agora”, planeja ele, que entra na vaga de Rodrigo, suspenso.