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De afastado a paredão, Lomba fala de trajetória no Bahia

Há dois anos no clube, Lomba sempre conviveu com oscilações do time, mas não dele

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03/08/2013 às 15:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 10:09 - há XX semanas
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Os versos de Paulo Vanzolini em Volta Por Cima, eternizados por Noite Ilustrada e Beth Carvalho, traduzem o que o goleiro Marcelo Lomba já viveu em 2013: “Ali onde eu chorei/Qualquer um chorava/Dar a volta por cima que eu dei/Quero ver quem dava”.
O semblante e o andar dizem tudo. Aquela pessoa fechada, cara de poucos amigos, que defendeu o Bahia no 1º semestre, deu lugar novamente a um jogador alegre, de sorriso fácil. Lomba completou a canção: levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima.
Lomba defende chute de Talisca durante treino. Goleiro se emociona ao lembrar do que já passou neste ano
Com o Esquadrão na 3ª colocação do Brasileiro, o goleiro recebeu ontem um troféu pela atuação no empate de 0x0 contra a Ponte Preta, em que pegou dois pênaltis e foi eleito pelo site globoesporte.com o craque da 7ª rodada. A garantia de que, sim, o samba de Vanzolini é real.
“Fico muito mais feliz por não ser um momento bom meu, mas um momento bom do time. Acho que todos os jogadores estão sendo valorizados, respeitados, curtidos pela torcida. Isso mostra que o trabalho vem sendo bem feito. E enche de orgulho ver a torcida poder colocar a camisa e comemorar”, analisa Lomba.
Ele é o exemplo da leveza do ambiente no Fazendão. Brincadeiras, descontração e muita confiança. Sonhar? Sim, mas sem se iludir. “A gente está podendo ir pra casa feliz, uma sensação muito boa. Ao mesmo tempo tem que ter os pés nos chão, pra não se empolgar e meter os pés pelas mãos”, entende o goleiro.
Há dois anos no clube, Lomba sempre conviveu com oscilações do time, mas não dele. Em 2011, foi eleito o melhor goleiro da Série A pelo mesmo globoesporte.com.
Mas no início deste ano, a situação mudou. Com as más atuações da equipe e, principalmente, as goleadas para o Vitória, Lomba foi questionado pela torcida e chegou a treinar em separado. “Aí há duas formas de lidar: ou você se abala e se afunda ou encara de peito aberto, não se omite, mostra personalidade e trabalha. Foi o que eu fiz”, conta.
Os olhos marejam, mas o carioca de 26 anos não esconde a barra que segurou. Confessa que a cabeça ia a mil buscando respostas e revela que tudo foi um grande aprendizado. “Aprendi muito com o momento ruim”, diz, garantindo estar mais preparado para lidar com a carreira e com maior auto-crítica: “Sou uma pessoa mais forte”.
A boa fase não fez esquecer daqueles que o ajudaram. Família, amigos, o treinador Cristóvão Borges (“Ele podia chegar e dizer que não contava comigo”), o treinador de goleiros Ricardo Palmeira, os companheiros... “Vou guardar a vida toda, no coração, aqueles que me ajudaram”, assim como reafirmou que irá guardar também seus melhores momentos no Bahia. Matéria original: Correio 24h Volta por cima: de afastado do time a paredão do Tricolor, Lomba fala de trajetória no Bahia

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