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| Joel Santana: "arrisquei, tentei e não deu certo" |
A derrota por 2x0 para o Palmeiras, domingo, em Pituaçu, foi o estopimpara a fagulha do rebaixamento virar chama no Fazendão. O clima no Bahia nunca esteve tão carregado para o técnico Joel Santana. Ciente da insatisfação da torcida, Joel promete uma postura diferente contra o Santos, domingo, às 17h, na Vila Belmiro. Tudo para aumentar o aproveitamento de apenas 40% à frente do Esquadrão: cinco vitórias, três empates e sete derrotas.
"Eu assumo que errei. Arrisquei, tentei e não deu certo. Mas não é por causa disso que a gente vai destruir tudo. Isso aqui virou um cemitério! Vou mudar e consertar", diz Joel, que ainda admitiu: "Jancarlos, Hélder e Camacho não foram bem. Eu reconheço". São 15 jogos no comando do Bahia e um objetivo claro: deixar o clube na Série A do Brasileirão. Apesar do alerta ligado no máximo, o tricolor só depende das suas forças contra Santos e Ceará, pois está quatro pontos acima da zona de rebaixamento.
Chicotear - As falhas cometidas são assuntos do passado e o técnico deseja criar um ambiente de união daqui pra frente. De acordo com ele, o time precisa de equilíbrio para, enfim, se livrar da degola e, de quebra, conseguir uma vaga na Copa Sul-Americana. Pra jogar a competição continental, só precisa subir do atual 15º para 14º na classificação. "Hoje eu tô muito mais pra receber conselho do que crítica. Muito mais ajuda do que só me chicotear. Eu não fico tentando maluquice. A gente não pode perder o foco e achar que aqui virou um tumulto. Não virou! Vamos disputar seis pontos ainda", lembra Joel. Com três, o time já se livra matematicamente da queda.
Turismo - Mesmo com o trio formado por Ganso, Neymar e Borges do lado santista, o treinador quer deixar o Bahia mais ofensivo – na derrota para o Palmeiras, eram três volantes e dois laterais que pouco apoiavamo ataque. A preocupação existe, mas ninguém no Fazendão quer deixar a decisão contra o rebaixamento apenas para a última rodada, na partida contra o Ceará, dia 4 de dezembro. "Vamos atacá-los. Não adianta chegar lá e jogar os 90 minutos do meio pra trás. Eles precisam ser atacados. Vamos com tudo, não interessa. Ninguém vai pra Santos dois dias antes fazer turismo. Vamos pra lá resolver o nosso problema".
Foi Joel mesmo quem falou. Apesar de estar ligado no Mundial de Clubes da Fifa, o Santos possui a terceira melhor campanha do segundo turno do campeonato, pior só que Fluminense e Figueirense. Em 18 jogos dentro de casa, venceu dez, empatou quatro e perdeu outros quatro. Parada dura, mas Joel mantém a confiança. "Vou ter que descobrir o que eles têm de falho. Ninguém é perfeito".
