A patada desse rapaz é turbinada. Se deixar Nikão limpar pra esquerda, resta rezar. A bola quase sempre acaba na rede. Quatro dos nove gols do artilheiro rubro-negro no estadual saíram de uma fórmula bem batida no futebol, mas difícil de ser feita com precisão: limpou pra perna boa, é hora de soltar o balaço.
Explica aí garoto: "Procuro ver o posicionamento do marcador pra bola passar debaixo das pernas dele...", diz, meio desconfiado. Ele para de responder, pensa direitinho e emenda. "Mas não vou falar tudo pra você, não. É uma arma minha... Os caras vão ficar ligados", brinca o canhoto de 18 anos, que apesar do suceso, jogou só oito partidas.
Esperança - Nikão adianta para os zagueiros tricolores, ligados no Ba-Vi de domingo, que é roubada focar nisso. "Se eu ver que eles estão de olho, invento outra coisa na hora", larga, confiante. A tal invenção certamente seria com a perna esquerda. Dela, saíram oito gol - o outro foi de cabeça - do ousado menino que busca a artilharia do campeonato. Sassá, do rebaixado Ipitanda, fez dez. "Eu procuro arriscar. Se eu conseguir pegar na veia, fica difícil para o goleiro fazer a defesa", diz e aproveita para encher os rubro-negros de esperança para o Ba-Vi. Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 22 de abril de 2011
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