Um time muito diferente do visto nas outras quatro partidas do Brasileirão. O Bahia de mostrou diferente contra o Santos, na noite de quarta-feira (10), tanto na escalação, quanto na postura. O resultado saiu caro.
Muitos fatores podem ajudar a explicar a derrota por 3 a 0 na Vila Belmiro. Desfalcado por causa da suspensão de Jacaré e lesão de Everaldo, o time ainda entrou em campo sem Rezende, Matheus Bahia, Yago e Cauly por opção do mister Renato Paiva.
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A “desconfiguração” do time que foi escalado nas últimas partidas foi uma das maiores reclamações dos torcedores tricolores. O mister Renato Paiva, no entanto, não concordou com as críticas e justificou as mudanças.
“Acréscimo do Nico, que costuma ser titular da equipe. Depois, refrescar o corredor esquerdo, zona que exige muito. E o Vitor Hugo teve estreia, Rezende poupado, teve lesão há um tempo. Carregado com os jogos”, afirmou o treinador do Bahia.
“Portanto, mudança que tínhamos que fazer. Sábado vamos jogar outra vez. Fizemos hoje porque tinha que ser feito. Não associo a exibição às mudanças porque o jogo foi mal, nós não estivemos em campo pura e simplesmente”, avaliou.
O cronômetro marcava apenas 15 minutos de partida e o Esquadrão já perdia por 2 a 0 para o Santos. A falta de concentração ao entrar no jogo pode explicar o feito negativo.
Com dois gol de desvantagem ao fim da primeira etapa, o Bahia precisava diminuir o prejuízo para tentar o empate. No entanto, a “receita” se repetiu no 2º tempo e Ângelo marcou aos 6 minutos.
“O número de erros técnicos é absurdo, portanto a gente tem que refletir o que aconteceu aqui e não se justifica nas mudanças porque houve erros técnicos. Exibição ruim da nossa parte. Má exibição”, disse Renato Paiva após a partida.
Por causa da falta de disponibilidade de Jacaré para a partida desta quarta, Renato Paiva insistiu na escalação do experiente Cicinho. O jogador ainda não fez boas exibições em 2023 e voltou a ser alvo de críticas da torcida.
“Sei que as pessoas não gostam do Cicinho, torcedores. Também não gostavam do Everaldo, depois fez vários gols. No último jogo já criticaram. Depois o David, não entro nessa“, pontuou o técnico.
“Torcedores têm o direito de se manifestar como quiserem, mas quem toma as decisões sou eu em função do conhecimento que temos no dia a dia. Não perdemos por causa do Cicinho”.
No modo geral, todos os jogadores do Bahia tiveram uma noite infeliz. No entanto, o goleiro Marcos Felipe teve atuação decisiva no placar. Dos quatro gols que o Santos marcou (um foi anulado pelo VAR), ele espalmou a bola nos pés do ataque adversário em três oportunidades.
A noite também foi de pouca inspiração técnica. O Tricolor teve poucas chances de marcar, mas uma delas foi bastante clara.
“Não fomos competitivos, não acertamos três, quatro passes seguidos. Merecemos perder, o Santos mereceu ganhar”, analisou Paiva.
Aos 26, Joaquim errou na grande área, a bola sobrou para Cauly, mas o meia pegou mal na bola e mandou por cima do gol de João Paulo. Com boa vantagem, o Santos passou a administrar o resultado e o ritmo da partida caiu. O Bahia não conseguiu competir e em parte do jogo pareceu estar conformado com a derrota.
Com seis pontos em cinco rodadas, o Bahia volta a campo às 16h de sábado (13), quando recebe o Flamengo, na Arena Fonte Nova, pela 6ª rodada da Série A.
“Conto com o apoio da Fonte Nova cheia, contra um adversário difícil, mudança de treinador, mas recheado de excelentes jogadores. Hoje não fomos competitivos, nosso desafio é voltar a ser competitivos, dividir o jogo com o Flamengo e não deixar essa imagem de hoje”, afirmou o treinador do Bahia.
João Souza / Grito Baiano
João Souza / Grito Baiano
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