Depois de defender três pênaltis na decisão contra a Dinamarca, a estrela do croata Subasic voltou a brilhar. Com uma defesa na cobrança insolente de Smolov, o goleiro garantiu a classificação da Croácia para a semifinal depois de um empate por 2 a 2 contra a Rússia. Na próxima fase, os comandados por Slatko Dalic enfrentam a Inglaterra.
Depois de ficar fora do time titular no empate contra a Espanha nas oitavas de final, a sensação russa Cheryshev voltou aos onze iniciais. Outra mudança efetuada pelo técnico Stanislav Cherchesov foi o retorno ao 4-2-3-1 após adotar um conservador 5-3-2 contra os espanhóis, que garantiu a vitória da Rússia na decisão de pênaltis.
Do lado oposto, o croata Slatko Dalic resolveu voltar a recuar Modric para a posição de segundo volante, ao lado de Raktic. Na partida contra a Dinamarca, o camisa 10 do Real Madrid havia atuado pelo centro do meio-campo, atrás do centro-avante Mandzukic. Com a modificação, Kramaric ganhou a vaga de Brozovic.
Se a preocupação contra a Espanha era apenas se defender, a Rússia mostrou que não adotaria a mesma estratégia diante da Croácia. Além da mudança de esquema, os donos da casa adiantaram suas linhas e dominaram as ações nos minutos iniciais da partida.
Passado o susto inicial, os croatas, muito superiores tecnicamente, colocaram a bola no chão e passaram a girar o jogo sem pressa para tentar confundir o bem armado muro defensivo russo. Após a correria, a próprio Croácia diminuiu o ritmo e a disputa perdeu intensidade.
Quando a Rússia parecia apagada em campo, o herói Cheryshev voltou a aparecer. O meia recebeu na intermediária, deu um drible desconcertante em Modric e chutou de chapa no ângulo direito de Subasic, que ficou parado vendo a bola entrar.
A alegria russa, no entanto, não durou muito. Oito minutos depois, aos 39 da primeira etapa, a Croácia aproveitou uma rara desatenção defensiva da Rússia, Mandzukic fez ótima jogada pela esquerda e cruzou na medida para Mandzukic, que surgiu pelo meio da área e desviou de cabeça para empatar o jogo em 1 a 1.
O segundo tempo começou com os croatas com mais volume de jogo, mas sem pressa para tentar a virada. O primeiro momento de chance clara de gol foi numa bola aérea que sobrou para Perisic após apagão coletivo da zaga russa. Cara a cara com a meta de Akinfeev, o meia penteou a bola, levantou a cabeça e escolheu o canto, mas o chute bateu na trave e saiu pelo lado oposto.
E a temperatura seguiu morna até o final do tempo regulamentar, levando as duas seleções para a segunda prorrogação de suas campanhas nesta Copa do Mundo. Num marasmo de ideias e tramas bem armadas, o segundo gol croata veio de um escanteio, aos 10 minutos da primeira etapa complementar, quando Vida cabeceou e fez 2 a 1 para a Croácia.
Numa luta comovente, a Rússia foi para o tudo ou nada, sob o apoio e a gritaria de sua torcida. A tática do abafa quase funcionou, mas Kuziaev não aproveitou bola solta dentro da área, e Subasic defendeu com segurança.
O improvável empate veio do brasileiro Mário Fernandes, que marcou um gol catártico a cinco minutos do fim. E a decisão foi para a cobrança de pênaltis. Na primeira, Smolov foi arrogante, bateu numa cavadinha fraca e baixa, e Subasic teve tempo de parar e pegar a bola. Outro russo que perdeu foi Mário Fernandes, num chute bizarro para fora. A batida final foi de Rakitic, que bateu com categoria e correu para celebrar a volta de seu país às semifinais depois de 20 anos.
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Redação iBahia
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