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Emprestado para o Colo Colo ano passado, Esdras agora é titular do Vitória

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13/03/2011 às 13:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 14:09 - há XX semanas
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Andréa Farias/CorreioO Vitória garantiu a classificação para a próxima fase do Baiano há duas rodadas. Por isso, para muitos, o jogo das 16h contra o Colo Colo será para cumprir tabela. Não para o volante Esdras, 19 anos. Para ele, a partida é mais uma oportunidade pra mostrar que tem condições de continuar com a camisa de titular.

Vestiu a número 5 na 9ª rodada, na vitória por 2x0 contra o Bahia de Feira, e não tirou mais. Esdras já sonhava com isso desde 2010, mas acabou emprestado justamente para o adversário de hoje. “Ano passado, não consegui ir pro profissional do Vitória.

Foram várias dificuldades que eu passei aqui e elas serviram pra eu dar o devido valor à oportunidade que Lopes tá me dando. É um sonho se realizando, tô no ápice da felicidade”, disse.

Escolinha - Esdras chegou à Toca do Leão com 12 anos. Deixou Porto Seguro, no Sul do estado, onde nasceu, para realizar o sonho de se tornar jogador de futebol. “Eu jogava em uma escolinha e fiz um jogo contra o Vitória. Gostaram e me mandaram voltar”.

Passou a morar no alojamento da divisão de base. Viver longe da família não foi fácil.“ No começo foi muito triste, doloroso, sempre fui muito apegado à família, chorava quando ligava e, quando ia de férias pra casa, dava vontade de não voltar. Mas com o tempo a gente se acostuma”.

Difícil mesmo, até porque ele deixou pra trás o carinho de duas mães. Sim. Dona Joana e dona Valdelice dividem a maternidade de Esdras. “Tenho duas mães, uma que me fez e uma que me criou. Elas são irmãs e moram juntas. É que minha mãe biológica (Joana) me teve muito nova”, explicou.

Aí, já viu né... Haja dengo. “Lá em Porto Seguro o ciúmes é complicado”, ri. “Se for colocar sobre uma, coloca sobre a outra também,viu?”, pediu. Em Salvador, aprendeu a driblar a saudade no colo de dona Maria, lavadeira da Toca. “Ela sempre resenhava comigo e me dava conselho. Até hoje é quem lava minha roupa. Vou sempre conversar com ela”.

Maria, Joana e Valdelice contribuíram para a realização de um sonho. Cada uma do seu jeito. E estão sorrindo à toa. Afinal, toda mãe, seja ela biológica, de criação ou de consideração quer ver o filho feliz. “É um momento de felicidade. Pelo tempo que eu tenho de Vitória é a realização de um sonho e estou muito feliz”, garante Esdras.

Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 13 de março de 2011



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