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ENTREVISTA: ainda sem perder, Benazzi mantém os pés no chão e evita promessas

'Ninguém é imbatível. Tem dia que é noite e as coisas não acontecem', pondera o treinador tricolor em bate-papo com o jornal Correio*

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20/03/2011 às 13:27 • Atualizada em 26/08/2022 às 22:29 - há XX semanas
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Foto: Arquivo Correio*Boleirão até pra falar, o técnico Vagner Benazzi não se ilude com a invencibilidade nesse primeiro mês no comando Tricolor. Além do meia de velocidade já solicitado à diretoria, ele espera mais reforços para o Bahia fazer bonito no retorno a Série A.

Seis jogos e nenhuma derrota. Qual foi o ponto chave pra recuperar o Bahia?

É difícil de falar isso, mas é gostoso ouvir isso. O título é um sonho, até por que se começou errado e quando se começa as coisas erradas, as coisas não funcionam.

Qual a lição dessa invencibilidade. Tá pronto pra perder?

É ... tem que tá. Ninguém é imbatível. Tem dia que é noite e as coisas não acontecem. Bom resultado pra mim é sempre aqueles dois, nunca aquela derrota, por que você não soma nada e o nada sempre é perder.

Jogadores importantes como Ramon, Tressor Moreno e Robert estrearam após sua chegada. Qual o percentual de participação deles nessa sequência?

Falando individualmente, o Ramon desses três é o que tá melhor. O Tressor ainda está correndo um pouco mais pra pegar a parte física. E o Robert estava um pouco ansisoso. O goleador é assim: chega no time com a ansiedade de fazer o gol, mostrar pro torcedor que ele é artilheiro.

Esse Bahia já tem a cara de Vagner Benazzi?

Não. Tá longe daquilo que nós precisamos. Hoje ainda estamos trazendo jogadores. O Danny Morais (zagueiro) chegou há pouco tempo. Só o dia a dia vai fazer as coisas melhorarem, com que cada um tenha confiança no companheiro do lado e lute por ele.

E o tradicional esquema 4-4-2 vai perdurar no Bahia?

Olha, é jogo a jogo. Às vezes o time adversário é forte de uma maneira que você tenha que ter uma retaguarda melhor em termos de marcação, pra poder ter dentro do jogo seis, sete oportunidades de gol em uma partida.

Quando Souza voltar da lesão, ele será titular?

Souza é um jogador que foi procurado num time grande, já fez grandes campeonatos. Se ele merecer a titularidade, vai permanecer. Ele sabe muito bem disso.

Do time vice-campeão na Taça São Paulo, só Rafael está no profissional. Outros garotos vão ter chance por agora?

Eu acho que é por que não sai no jornal, mas não é só ele não. Tem o Gabriel, tem Pablo (ambos não participaram da Copinha), tem mais gente....

E essa Copa do Brasil, dá pra sonhar como título?

Se você entra na competição pensando que não vai acontecer, porque às vezes a mídia do outro time é maior e ele tem um status maior, você não chega a lugar nenhum. Somos um concorrente a essa condição de talvez chegar a final e sair com o título.

Esse Bahia está preparado pra ser campeão Baiano e estrear na Série A?


Ser campeão baiano não sei. O Baiano talvez é umas das três competições tão difíceis quanto a Série A, pela determinação dos adversários. Os estaduais são difíceis, chegando aí, eu acho, a uma disputa na igualdade até de uma Libertadores.

Qual é a missão na Série A?

Eu não prometo nada. Promessa cada um tem que procurar fazer a sua. Devagarzinho vamos reforçar o time. O Paulo (Angioni, diretor de futebol) tem visto essa parte e tomara que a gente consiga ter um time forte.

A estrutura do clube agrada?

É... depois dessas construções aí no Fazendão deu uma dificultada, atrapalha um pouco. Mas é para o bem do Bahia. Eu acho que as categorias de base tem que ter campos melhores para se trabalhar. São eles que vão por o cofre em dia no Bahia.

Em 25 anos de carreira, o Bahia é o primeiro time campeão brasileiro em seu currículo. Você está no ápice da carreira?


Olha, se eu tô no ápice eu não sei. Estou há 25 anos como treinador. Estou preparado. Tô escutando essas perguntas, parece até que é a primeira vez que o Benazzi treina um time de Primeira Divisão. Pelo contrário, se você contar aí, tem sete ou oito times de primeira divisão na minha carreira...

Qual é sua meta como treinador de futebol?

Nunca programei isso. Sempre procurei cumprir meus contratos.

Entrevista publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 20 de março de 2011

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