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Entrevista: diretor de futebol do Bahia fala sobre erros e planos para Série A

Paulo Angioni explica situações de cada jogador pretendido pelo clube e admite equívoco na contratação do técnico Rogério Lourenço

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03/05/2011 às 13:23 • Atualizada em 29/08/2022 às 17:19 - há XX semanas
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O gestor de futebol Paulo Angioni daria entrevista na tarde desta terça (3) para falar sobre o planejamento para Série A, mas a coletiva foi adiada e uma nova data será marcada. Só que o jornal Correio* conversou com ele na última sexta e antecipa o bate-bola. Meta para o Brasileirão é gastar mais e trazer jogadores tarimbados. Qual o balanço que você faz dos quatro meses de 2011? É difícil falar de erro e acerto. A gente pode falar de algumas coisas que já foram concluídas. Como por exemplo, o Rogério (Lourenço), que foi um técnico que eu acreditei muito. Isso eu posso concluir hoje que foi equívoco meu. Ter mantido Chiquinho de Assis foi um erro? Depois ainda veio Vágner Benazzi... Não. Isso é uma situação de mercado mesmo. O mercado é que determina, até porque Chiquinho é um profissional cuja função é realmente ser um treinador fixo no trabalho da transição. Um clube do porte do Bahia tem que aproveitar, de um grupo de 28, no mínimo 15 jogadores formados na base. Chiquinho tá aqui pra isso. Naquele momento, o Bahia foi procurar um treinador, teve dificuldade e o colocou porque nessas lacunas ele é o imediato. Não faltou critério para avaliar as contratações? Jogadores como Bruno Paulo, Pedro Beda... É relativo. No momento que você tem a obrigação de formar uma equipe, vai procurar atletas que estejam disponíveis no mercado e tenham algum lastro de formação. Um ou outro jogador pode ter sido uma precipitação trazer. Por que a base de 2010 não foi mantida? Morais, Adriano, Fábio Bahia, Alison, Bruno Octávio... Todos os jogadores que deram certo no ano passado, o Bahia se preocupou em atacá-los. Morais, eu conversei muito com o Tite, treinador do Corinthians, que tenho uma relação estreita de amizade. Ele me pediu desculpas porque gostaria de nos atender. Adriano foi incluído numa negociação do Fluminense num jogador do Palmeiras, que é Edinho. Mas o Bahia ainda tem interesse. Falei com a direção do Palmeiras e eles me disseram que não tinham como definir a manutenção dele ainda, mas assim que tivesse uma definição, falariam com o Bahia. Fábio Bahia: tínhamos ajustado contrato de dois anos, mas ele teve uma proposta da Coreia. Era o futuro da família dele. Alison, em todos os momentos o Bahia se mostrou interessado, mas a coisa não concluiu. Bruno Octávio não veio porque ainda se recupera de uma lesão. E a reconstrução do Bahia?Não quero fazer defesa pessoal, mas estou aqui só há um ano. Ninguém é mago. O Bahia hoje paga em dia. Pagamos abril antes de terminar o mês. É obrigação, mas no mundo que a gente vive de dificuldades financeiras... Como é a relação com os empresários de jogadores?Eu atendo todo mundo, do principal empresário ao iniciante. A gente teve que contratar e viu que as finanças não estavam prontas pra ir pra um mercado maior. Tive que ir atrás de amigos. Foi o que fiz. Fui atrás de clubes, atrás dos companheiros.E Carlos Leite? Qual a relação dele como Bahia?Me ajudou agora nesse início do ano (intermediou sete contratações) e ajudou muito com Morais. Tinha propostas melhores pra levar Morais e cedeu pra atender um pedido nosso. Minha relação com ele veio se estreitar depois disso.A Série A vem aí. Qual o perfil das contratações?Jogadores mais graúdos. Nesse momento a gente vai ter um custo maior pra dar sustentabilidade ao grupo.E Jobson? O comportamento extra-campo dele preocupa (em 2009, o jogador foi pego no antidoping por uso de crack).Tudo isso é envolvido dentro de uma negociação. Ele tem também o caso do julgamento que vai ter em junho. Claro que isso também estará condicionado dentro da negociação contratual. Caso ele seja punido, o Bahia não fica com nenhum comprometimento.Entrevista publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 3 de maio de 2011

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