Dos quatro convocados para a disputa do Cinturão de Ouro, Carlos Nascimento, o “Falcão”, é o único que não chegou à final do último Brasileiro. Medalha de bronze, foi chamado depois de ter vencido os Jogos Abertos, em Santos.
Mas essa não é a única peculiaridade do pugilista. Nem a mais surpreendente. Falcão é morador da Boca do Rio, vive com os pais e um irmão. Aos 21 anos, nunca passou necessidade ou precisou trabalhar. A escolaridade também é acima da média em relação aos colegas de treino.
Falcão cursa Educação Física na UFBA e temconsciência da sua condição. “Sei que sou uma exceção”, diz o lutador, que fechou parceria com uma academia do bairro para iniciação esportiva de crianças da Baixa Fria, invasão próxima de onde mora. Ele pretende, assim que se formar, dedicar parte do seu tempo ao trabalho comunitário através do esporte.
Mas, no momento, o desafio de Falcão é outro. Com 1,93m de altura, ele abandonou a categoria pesado (91kg) para lutar no meio-pesado (81kg) e, até a disputa do Cinturão de Ouro, quer se encaixar entre os médios (75kg).
Ele diz que tem facilidade para perder peso e acredita que a maior envergadura pode beneficiá-lo nas categorias mais leves. A meta é ir à Olimpíada de Londres 2012, mas se não rolar, Falcão está decidido. Vai partir para a profissionalização.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio*
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