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Falcão: "Só quero trabalhar e fazer do Bahia o maior" |
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empate sem gols com o Santos, o Bahia voltou a jogar com dois homens de criação no meio de campo. Porém, o esquema com três volantes também foi assunto na coletiva de imprensa do técnico Falcão após o jogo. A dúvida é: com qual esquema o Tricolor irá enfrentar o Grêmio, em Porto Alegre, na quinta-feira? O treinador do Esquadrão rebateu as críticas e defendeu a formação tática utilizada nas partidas decisivas.
"O que eu vejo de bobagem sobre isso é uma grandeza. Ninguém diz que o título foi conseguido no empate no Barradão. Ali nós ganhamos o campeonato, não foi no 3 a 3. Coincidentemente, no 3 a 3 dois gols foram de volantes. Também é bom deixar claro que quando entramos com Fahel, Diones e Hélder, nós jogamos com três atacantes. Três, porque deixo o Gabriel mais à frente, quase como um ponta", afirmou o treinador.
Depois de ter perdido por 2 a 1 para os gremistas, em Pituaçu, na semana passada, o Bahia precisa vencer por dois ou mais gols de diferença para avançar na Copa do Brasil. Triunfo com um gol de diferença só se for em placar maior do que 2 a 1, resultado que leva a decisão para os pênaltis.
Irritado com as perguntas, Falcão defendeu o esquema com três volantes, rebatendo afirmações de que estaria fazendo o time jogar de forma defensiva. "Eu não posso pretender que todo mundo enxergue isso, eu não sou professor para isso, eu só quero trabalhar e fazer do Bahia o maior que for possível. Me parece uma coisa tão clara, tão evidente. Nós perdemos para o Grêmio, que tinha três volantes: Fernando, Souza e Léo Gago. Ninguém fala isso. Podemos jogar de várias formas. O importante é que você consiga nos jogadores as características para que se possa ter a jogada ofensiva".
Para finalizar, o treinador tricolor rebateu os críticos. "Eu respeito toda crítica, sou um cara que estava na imprensa, mas respeito aquela crítica um pouquinho construtiva. A crítica com carinho, não a crítica com ódio e com revanchismo. Eu tenho um time que pode jogar de várias maneiras, mas temos que saber também as nossas limitações. Às vezes, você tem que dar um passo para trás para dar dois para a frente. Nós conseguimos o título baiano, após dez anos, equilibrando a situação no meio-campo, por mérito de uma boa compactação no meio e uma boa marcação".