|
---|
Gabriel tem 23 anos e fechou por cinco anos com o Fla |
A torcida tricolor vai sentir falta do meia-atacante Gabriel. Não jogou muito tempo na base do clube, mas tinha aprendido o suficiente nos campos de várzea de Salvador e nas arquibancadas para virar xodó do Bahia. Nesta sexta-feira (11), o craque do time se despediu em sua última entrevista coletiva no Fazendão antes de se apresentar ao Flamengo. Assim como os fãs, a família do jogador ficou abatida, mas ele agora só pensa em escrever a própria história.
Leia também Gabriel terá aumento de R$ 65 mil no salário iBahiaFC: Bahia e o fim da ‘fábrica de ídolos’ "É complicado para uma mãe, uma vó, ver seu filho, seu neto, saindo para mais longe, mas de um lado também é bom para minha vida profissional e elas entendem isso. Como eu converso com minha vó, não tive base, lutei para caramba, gosto de jogar bola e cheguei sem nada. No futebol cada um tem que fazer sua história e eu vou procurar fazer a minha da melhor maneira possível, sempre me dedicando ao máximo dentro de campo, que é o que eu gosto de fazer", disse Gabriel, com o já conhecido sorriso que sempre carrega no rosto. Ciente da revolta da torcida por conta da sua saída, Gabriel tentou confortar os tricolores. "Eu tenho certeza que o Bahia vai fazer uma grande temporada e foi bom para o clube. Eu falava sempre aqui que minha saída aconteceria se fosse bom para o clube. Foi conversado, foi bom, aconteceu. A torcida do Bahia é fantástica, é sensacional. Pude acompanhar ela lá, no meio dela, vendo o jogo, e de baixo, jogando, vendo ela vibrar. Isso para mim foi sensacional. Só Deus mesmo para fazer isso na vida de uma pessoa", relembrou.
Carreira - Aprovado em testes no Bahia aos 18 anos, Gabriel contou que não imaginava o quão longe poderia chegar na carreira. "Pra ser sincero, eu, com 18 anos, conversava com meus colegas e falava sobre testes. Eu achava que não tinha condição nenhuma de ser um profissional, eu achava que o jogador era um super-homem. Até na primeira vez que eu cheguei no júnior, só em tocar na bola entre eles eu já achava que era muito e as coisas foram acontecendo, estão acontecendo, graças a Deus. Vamos em frente". Meia, atacante e, quando necessário, lateral-direito, Gabriel é neto de Flávio, campeão da Taça Brasil de 1959 com o Bahia. Tricolor de coração, lamentou o fato de não poder jogar na Arena Fonte Nova, que será inaugurada estano, pelo Bahia, mas projeta jogos no Maracanã. "Acompanhei muito como torcedor e a Fonte Nova é sensacional. Eu vivi grandes momentos ali na arquibancada. Mas tem o outro lado também. Agora tem o Maracanã, que é um estádio onde todos querem jogar e se Deus quiser, me der essa oportunidade, vai ser bom para mim jogar lá".
Flamengo - Projetando o futuro, Gabriel prometeu empenho aos torcedores do seu novo clube: o Flamengo. "Eu acredito que quem trabalha com seriedade, com vontade o tempo todo, consegue os seus objetivos. É isso que vou tentando fazer, tentei fazer aqui, sempre dar o meu máximo. Não é sempre que você joga bem, mas o que vale é a vontade, você não deixar de lutar e com certeza isso não vai faltar de minha parte. Vou lutar sempre". Sobre o fato de vestir vermelho e preto, mesmas cores do arquirrival do Bahia, o Vitória, Gabriel pregou o profissionalismo. "Vou defender com a mesma vontade de sempre, a mesma raça. Deus me deu essa oportunidade e eu não posso fazer corpo mole. Eu tenho que jogar bola e dar raça sempre, defendendo a camisa que estou vestindo. Eles ganharam um jogador responsável, que vai estar semper com o clube para o que der e vier. Não vai faltar empenho, a raça de sempre. Eles vão ter um grande guerreiro do lado de lá".
Leia mais sobre o Bahia