|
---|
Técnico rubro-negro alfineta diretoria: "não escondi minha insatisfação" |
Passava das três da tarde e os jogadores do Vitória aqueciam para o único coletivo da semana. Faltava Geninho, de papo com o presidente do clube Alexi Portela Júnior. O assunto? O 'não' da Sudesb ao pedido rubro-negro de liberação do gramado de Pituaçu para o treino de quarta. O presidente não se incomodou com a negativa. Já o treinador... "Ou é uma falta de bom senso ou uma falta de vontade muito grande das pessoas que administram. No meu entender, está havendo uma parcialidade muito grande em relação ao que tem sido feito", disparou Geninho. Uma declaração direcionada pra Bobô, ídolo do Bahia e atual diretor da Sudesb, entidade que administra Pituaçu. Bobô não atendeu as diversas ligações da reportagem, mas o administrador do estádio Helio Ferraro, explicou o motivo do veto. "Não é a Sudesb que barra. É a Greenleaf (empresa que cuida do gramado) que diz se tem condições ou não. Ela orienta para não ter treinamento, mas a gente vai de encontro à empresa também", explica. Segundo Hélio, que afirma também ter negado o gramado para o Bahia treinar nesta quinta, toda vez que o gramado é cedido para treinos a Sudesb assina um termo isentando a empresa por possíveis danos causados ao campo.
Recado - Com apenas um campo pra usar na Toca do Leão, Geninho pretende fazer um treino em Pituaçu na próxima semana, antes do duelo com a Portuguesa, dia 23. Por isso, deixou um recado indireto pra diretoria. "Não escondi minha insatisfação de ninguém. Minha função não é essa de fazer contato com as pessoas que têm a responsabilidade de administração de um campo", finalizou.
Justificativas diferentes - O caso é digno da brincadeira do telefone sem fio, quando a informação começa de um jeito e toma outro rumo no final. O administrador do estádio Hélio Ferraro justificou que Pituaçu não foi liberado para o Vitória porque a empresa que faz manutenção do gramado barrou. O presidente do clube, Alexi Portela Júnior, alegou outra coisa pra negativa. "Como não tinha jogo essa semana, eles planejaram corte e adubação", contou. Já o técnico Geninho recebeu outra justificativa. "Eu acho que o argumento utilizado, de que tinha havido uma chuva e o campo precisaria de um reparo, poderia ter sido até aceitado se tivéssemos um jogo muito, muito próximo", falou. De fato, só terá jogo no estádio dia 23, quando o Vitória vai enfrentar a Portuguesa. Por enquanto, as informações estão pra lá de desencontradas.