O goleiro Bruno vai jogar num clube da Segunda Divisão do Rio ainda este ano por empréstimo. O atleta assinou contrato com o clube empresa J. Winners, com sede em Portugal e representação em vários países na Europa, como Luxemburgo, e será emprestado a um time cujo nome ainda não foi revelado.
De acordo com o CEO do clube – e também agência que representa o jogador –, Jaime Marcelo Conceição, Bruno terá seu nome diretamente inscrito no clube carioca assim que as atividades das federações de futebol forem retomadas. A intenção, no entanto, é que, assim que a Justiça permitir que o atleta jogue em outro país, ele atue no clube europeu.
– Não passaremos o nome, por respeito ao planejamento que temos para com o atleta. Sabemos que existe um enorme impacto em todas as ações que envolvem o goleiro Bruno Fernandes, mas o tratamos, assim como sua carreira, como a de qualquer atleta de nosso casting – disse o CEO, acrescentando. – Também entendemos que no caso atual deste empréstimo ao clube carioca, Bruno passará a vivenciar uma rotina de atleta, não se envolvendo mais nos protestos que costumam cercar notícias sobre ele pelas redes sociais.
A mudança para Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, autorizada pela Justiça de Minas Gerais, teve como um dos objetivos a retomada da carreira do jogador. Como o clube para o qual ele deverá ser emprestado é do estado, a preparação e a proximidade antecipadas podem ajudá-lo no retorno mais breve. Além de a família da mulher do goleiro ser residente na cidade.
Bruno está solto desde o ano passado, após ganhar o direito de cumprir o restante da pela morte da modelo Eliza Samúdio, em 2010, no regime semiaberto.
Na nota divulgada à imprensa, a empresa J Winners diz que Bruno "está empenhando todos os esforços em trabalhos diários, para atingir o melhor da sua forma física e técnica, a fim de atuar com excelência". Ao se confirmar a mudança de Bruno de Varginha, em Minas Gerais, para a cidade da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, houve especulações de negociações com clubes locais, como a Cabofriense. Todas elas foram desmentidas pelos respectivos dirigentes.
O caso
Bruno deixou a cadeia em julho do ano passado após ganhar direito a cumprir pena em regime semiaberto. O juiz Tarcísio Moreira de Souza autorizou que o atleta fique em prisão domiciliar e determinou que ele cumpra algumas condições, como comprovar, num prazo de 30 dias, que estava trabalhando. De acordo com a decisão do magistrado, em caso da não comprovação de trabalho, Bruno “deverá prestar serviço em obra, ou instituição pública ou entidade conveniada com o Juízo da Execução”. Morando em Arraial do Cabo, Bruno terá que continuar cumprindo as condições impostas, mas a Vara de Execuções Penais do Rio que ficará responsável pelo processo de cumprimento da pena pelo goleiro.
Bruno foi condenado a uma pena de 20 anos e 9 meses pela morte de Eliza Samúdio, que ocorreu em 2010, e pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho dos dois. Bruno também havia sido condenado por ocultação de cadáver, pena que foi depois extinta, após a Justiça de Minas entender que o crime prescreveu. O filho do casal vive com a avó materna no Mato Grosso do Sul.
Veja também:
Leia também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!