Quando deixou o gramado do estádio Free State, em Bloemfontein, após a derrota da França por 2 a 1 para a África do Sul, o atacante Thierry Henry estava se despedindo dos Bleus. Porém, só nesta quinta-feira, três semanas depois, ele anunciou que a seleção francesa realmente faz parte do passado. "A seleção acabou para mim", disse o jogador de 32 anos em entrevista à Associated Press.
O anúncio antecipou a provável opção de Laurent Blanc, novo técnico da França, que dificilmente o convocaria. Se o presente não é animador – sem chance no Barcelona acertou com o New York Red Bulls – seu passado diz muito. Maior artilheiro da história da seleção, com 51 gols em 123 partidas, campeão da Copa do Mundo de 1998, da Eurocopa de 2000 e da Copa das Confederações de 2003.
Foram quatro mundiais. No primeiro, a glória. Em 2002, fez parte do que chamou de “pior experiência como jogador”, quando a França caiu na primeira fase sem marcar um gol. Na Copa da Alemanha, eliminou o Brasil nas quartas-de-final, mas sucumbiu na final diante da Itália. "Ainda dói", lembra.
Na África do Sul Henry assistiu boa parte do novo papelão francês sentado no banco. Só entrou no começo do segundo tempo, na despedida contra os anfitriões, quando o barco já havia naufragado. O francês ficou marcado por ajeitar a bola com a mão no lance que originou o gol contra a Irlanda, que classificou a seleção para a Copa de 2010. Jogar em uma cidade que abriga uma grande colônia irlandesa o incomoda menos do que o gol marcado por Luís Fabiano contra a Costa do Marfim:
Foi engraçado vê-lo marcando daquele jeito e ninguém falando nada. Foi estranho, mas faz parte do jogo. Já falei várias vezes sobre aquele lance e fui limpo, não tive a intenção de botar a mão na bola. Foi como um movimento ruim. E no final, não fui eu quem marcou o gol.
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