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Um dos motivos da decisão de Giba é ficar mais perto da família |
O "não dá mais" foi enfático. Chegou a hora de parar. Depois de 16 anos defendendo a seleção brasileira de vôlei e de se tornar um dos maiores ícones do esporte no Brasil, o capitão Giba prepara a despedida. A data já está marcada: o final das Olimpíadas de Londres, no ano que vem. A paixão e as condições físicas ainda existem, mas outras coisas fazem a decisão pesar pelo fim da carreira. "Já coloquei na minha cabeça. Não dá mais. Minha filha me ligou outro dia chorando, dizendo que estava com saudades. Eu estava na estrada, cheguei em casa e disse que estava tudo bem. Mas a criação acaba sendo outra. E isso pesa muito. Claro, vou sentir falta de tudo. Da convivência, de estar em quadra e ouvir o hino", disse o jogador, que completa 35 anos em dezembro. Com a camisa amarela de número 7, participou na conquista de um ouro olímpico, três títulos mundiais e oito campeonatos da Liga Mundial. Se contar o tempo em que defendeu as seleções de base, os 16 anos no grupo principal avançam para mais de duas décadas jogando pelo Brasil. Nem mesmo o fato de os jogos olímpicos de 2016 serem no Brasil fazem o ponteiro mudar de ideia sobre a data da aposentadoria. "Sinceramente? Nem isso me balançou. Mas eu me vejo trabalhando nos Jogos, mesmo que seja em outra área. Claro, se me derem a oportunidade", declarou Giba.