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Antes em lua de mel com o time, torcida agora é só vaias |
Acabou a paciência. Foram cinco oportunidades de deixar o relacionamento nas nuvens, sem estresse. O Bahia, porém, pisou na bola todas as vezes. Depois de quatro empates e uma derrota em Pituaçu, a galera das arquibancadas trocou os aplausos pelas vaias. Mas de quem é a culpa? Num futebol cada vez mais imediatista, sobrou para o treinador René Simões, que está com a corda no pescoço já na 12ª rodada. Após o empate contra o Coritiba, onde o time completou a quinta partida sem vitória, o comandante admitiu. “Temos que saber trabalhar sob pressão. Nunca trabalhei em lugar onde não tenha pressão”. Entre os jogadores, a união passa pelo apoio ao professor René. O atacante Souza, concorrendo a uma vaga no time titular no jogo contra o Vasco, às 19h30 de quinta, não ficou em cima do muro. “A gente sabe que a responsabilidade é nossa, não é só do treinador. A gente que tá dentro de campo, a gente que corre, a gente que joga”, falou ele, que marcou dois gols de pênalti na Série A. O zagueiro Titi também foi em defesa do técnico, mas teve dificuldades na hora de fazer uma análise dos erros. “A cada jogo sem vitória, a pressão só aumenta. Mas o jogador que veste essa camisa tem que estar preparado pra isso”, conta. Consciente, ele atribui a falta de resultados à forma como o time está sendo montado. “É difícil jogar contra um Coritiba que vem há dois anos com o mesmo grupo. A nossa equipe está se formando no decorrer do campeonato. Tem jogadores chegando a todo momento. Eu me vejo na situação do René. É difícil... Toda hora ele tem que mudar”, lamenta. Contra o Coxa, apenas Ávine e Marcone fizeram parte do grupo que conquistou o acesso em 2010. Já no Coritiba, campeão da Série B, oito jogadores estiveram em campo diante do Bahia: Edson Bastos, Pereira, Leandro Donizete, Léo Gago, Rafinha, Marcos Aurélio, Tcheco e Bill.