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Ipitanga erra nas contas, escala jogador irregular e deve ser rebaixado no Baianão

Jogador recebeu o terceiro amarelo, mas não cumpriu suspensão. Presidente do Ipitanga fala em complô; o do Juazeiro surpreende e só tomará providência após o campeonato

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13/04/2011 às 8:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 17:32 - há XX semanas
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O Ipitanga está em maus lençóis. De acordo com informações divulgadas pela imprensa baiana e apurada a rigor pela equipe de esportes do iBahia, o Tucano escalou o meia Leandro Assis de Santana de maneira irregular na partida contra o Fluminense, válida pela 17ª rodada - o Tucano venceu por 2 a 0.

Leandro recebeu cartão amarelo nas partidas contra Vitória da Conquista, 11ª rodada, Fluminense, 14ª e Juazeiro, 16ª. Pela regra, acumulou o terceiro cartão amarelo e deveria cumprir suspensão contra o Flu, mas estava em campo. Presidente do Ipitanga, Renato Braz soube das acusações através da imprensa e tentou justificar.

"No último julgamento em que eu estive presente, Leandro Assis Santana foi inocentado por ter tomado o segundo cartão amarelo", relembra Braz. O dirigente se refere ao jogo contra o Colo Colo, válido pela nona rodada da estadual. Na ocasião, Assis foi expulso pelo segundo amarelo e cumpriu suspensão normalmente na rodada seguinte, a automática. Na sexta rodada, quando o Tucano enfrentou o Juazeiro, Assis também foi expulso pelo segundo amarelo.

Mas, de acordo com a regra, o cartão vermelho anula a primeira advertência, fato que afasta da contagem os cartões amarelos recebidos pelo meia nas duas partidas em que foi expulso. Assim, basta o oferecimento da denúncia ao TJD-BA para que seja marcado julgamento que deve rebaixar o Ipitanga para a segunda divisão do Baianão.

A falha do Ipitanga pode ter ocorrido na 12ª rodada, quando Leandro Assis sequer foi relacionado para o jogo contra o Atlético, em Alagoinhas - O Tucano perdeu por 2 a 0. O meia recebeu cartão amarelo na rodada anterior e, na conta equivocada, a advertência se juntaria aos cartões amarelos recebidos nas duas partidas em que foi expulso. Porém, como o vermelho anula a primeira advertência, Leandro tinha condições de jogo contra o Atlético.

As acusações aparecem no momento em que o Tucano luta para não cair. O time é o segundo colocado no grupo da morte, com nove pontos, e enfrenta o já rebaixado Colo Colo no próximo domingo (10), em Ilhéus, precisando vencer de qualquer jeito. O Juazeiro, terceiro colocado, com sete pontos, é parte interessada, mas, de acordo com Eládio Rocha, presidente do clube, nenhuma atitude será tomada por agora. "A gente não quer que isso interfira na cabeça dos nossos jogadores. Temos que ter muito cuidado", disse.

Advando Ribeiro, gerente do time do Vale do São Francisco, acompanha o discurso do presidente. "O Juazeiro está interessado apenas em ganhar o jogo contra o Fluminense, não vamos nos envolver com isso", afirma. O Juazeiro, no entanto, deve se posicionar somente após o desfecho do Campeonato Baiano. Também no domingo (10), a equipe enfrenta o Fluminense, em Feira, precisando de uma vitória simples para não cair. Caso o rebaixamento do Juazeiro se confirme em campo, a direção deverá entrar com recurso para escapar da segunda divisão.

Indignado, Braz suspeita de favorecimentos ao Juazeiro. "Tem gente que quer ajudar o Juazeiro de qualquer jeito. Estão comprometendo o bom trabalho que o presidente Ednaldo Rodrigues tem feito. O Juazeiro quer fazer do Campeonato Baiano uma várzea". O presidente do Ipitanga promete brigar para que a acusação não surta efeito. "Não somos crianças. A gente faz o clube sem dinheiro, com dificuldade, mas aqui só tem jogador homem. O pau que bate em Chico, bate em Francisco. Toda ação gera uma reação e o Ipitanga vai reagir", bradou.


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