O clássico sul-americano da semifinal da Copa das Confederações tem histórias marcantes dos dois lados. Quando Brasil e Uruguai entrarem em campo, às 16h, no Mineirão, o torcedor recordará cada emoção vivida, cada cicatriz que nunca fechou por completo. “Eu não era nem nascido em 1950”, ironizou Felipão, que na verdade nasceu em 1948. “É lógico... Aconteceu uma derrota em um jogo de futebol que uma das duas equipes tem que vencer. Naquela oportunidade o Uruguai foi melhor. Não há nada psicológico, nada que influencia no jogo”, garante o treinador, ao falar do Maracanazo, a derrota por 2x1 do Brasil para o Uruguai na final da Copa de 1950.
A resposta seca foi a primeira da entrevista de ontem, feita por jornalista inglês. O passado recente, porém, tem retrospecto mais animador. Nos dois últimos duelos mata-mata, como o de hoje, também por fase semifinal, o Brasil levou a melhor. Mas sempre no drama. Na Copa América de 2004, empate por 1x1 e 5x3 nos pênaltis; na edição 2007, empate por 2x2 e 5x4 nos pênaltis. “A gente espera que não tenha deslealdade, porque, no nível que estamos, vai estar o mundo inteiro assistindo. Se acontecer, é ficar tranquilo e não cair em provocações. Espero futebol duro, firme, mas nada de socos e cotoveladas”, comenta o atacante Fred. Conhecidos - No duelo entre os técnicos, apenas um encontro, no dia 25 de agosto de 1993: Grêmio 1x1 Cagliari (Itália), último jogo dos gaúchos numa excursão pela Europa. “Conheço Tabárez de muitos anos. Sei da forma como ele trabalha, da sua qualidade e vinha apresentando este trabalho em todas as equipes onde trabalhou”, elogia Felipão, com preocupação clara para o duelo: “Na minha opinião, vai ser 90% da equipe que jogou a Copa de 2010. Estão muito tempo juntos e têm qualidade”. Desde o Mundial na África, por sinal, o adversário de hoje tem resultados mais expressivos que a Seleção. O Uruguai foi 4º lugar na Copa e venceu a Copa América de 2011, eliminando a anfitriã Argentina nos pênaltis pelo caminho. Já o Brasil caiu nas quartas de final nas duas vezes, treinado por Dunga e por Mano Menezes. No Mineirão, a torcida será parte de uma história feliz, confia Felipão. “Eu senti realmente que o torcedor tem se manifestado com um carinho fantástico. A forma com que fomos recebidos fora e dentro de campo foi espetacular. A Seleção precisava desse apoio. Que em alguns momentos fôssemos carregados pelo torcedor. Que a torcida em Minas Gerais faça a diferença como outros fizeram”. Os milhões de torcedores que esperam por um Brasil x Espanha na final vão engrossar essa corrente.
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