Aos 32 anos, Tiago Camilo é o judoca mais experiente da seleção brasileira. Prata nos Jogos Olímpicos de Sidney 2000 e bronze em Pequim 2008, o lutador da categoria médio (90kg) está em busca da vaga para os Jogos do Rio, em 2016. Quer se despedir da competição esportiva mais importante do planeta em casa. Após treinar em Lauro de Freitas desde terça-feira, ele e os outros judocas da seleção viajaram ontem para suas respectivas cidades, antes de seguirem para Edmonton, no Canadá, onde vão disputar o Pan-Americano, entre os dias 22 e 26. Em um papo rápido com o CORREIO, Tiago Camilo falou sobre a expectativa de vivenciar sua quarta Olimpíada da carreira. Como você encara esse Pan-Americano? Cada competição é um parâmetro de como você está e como está evoluindo. Eu considero que estou em uma crescente agora. Tive uns problemas de lesão nos últimos anos, que me atrapalharam bastante nas minha preparações para as principais competições, e pouco a pouco estou retornando, me sentindo mais confiante. Espero competir solto no Pan-Americano, ganhar a competição e também confiança para as próximas competições, que serão importantes pra eu me posicionar no ranking e conseguir a vaga (para os Jogos do Rio 2016). O que significa lutar em casa nas Olimpíadas? É a busca de uma realização pessoal, de uma terceira medalha, a de ouro. Já tenho uma de prata e uma de bronze. Nada é mais motivante do que participar de uma Olimpíada em seu país. É o meu último ciclo olímpico e tenho que aproveitar bastante cada dia, cada competição, cada treinamento.
Como está sua preparação? Eu não tenho mais 18 anos, então minha estratégia é com um treino mais inteligente pra que em cada treino eu tenha um benefício de construção daquilo que eu julgo ser importante. Tenho a experiência de estar há muito tempo no circuito, de ter lutado em três Olimpíadas, então o mais importante é pesar na balança os prós e contras e saber direcionar e canalizar a energia para a melhor performance no treinamento. Qual é o peso da experiência em uma Olimpíada? O peso psicológico é muito grande. Ter vivenciado três Olimpíadas me deixa mais tranquilo com relação ao que eu vou esperar do ambiente competitivo. Sei como lidar com a ansiedade, o estresse, o nervosismo da pré-competição e na competição isso é uma coisa boa. Ao mesmo tempo, tenho que olhar pra trás, ver quando comecei, a energia, a vontade que o jovem tem e trazer isso pra hoje.
Foto: Gaspar Nóbrega/COB |
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