No dia 11 de julho de 2014, Kieza foi apresentado no Fazendão como novo reforço do Bahia. Poderia ser apenas mais um jogador a passar sem sucesso pelo clube. Poderia não ter sequer permanecido após o rebaixamento para a Série B naquele ano. Mas não foi assim. Kieza criou raízes e virou ídolo em 2015. A notícia da não continuidade do atacante foi confirmada ontem, pelo próprio jogador em seu perfil no Instagram e também pela diretoria do Bahia, através de nota no site oficial. O vínculo com o Shanghai Shenxin, dono dos direitos federativos do atleta, impediu que fosse feita a vossa vontade. O time chinês aceitou uma oferta do São Paulo e rejeitou a do Bahia. Kieza deixou escapar o sentimento na postagem que publicou. “Meu sentimento é de tristeza e agradecimento. Foram dois longos meses de espera, dias ansiosos, onde procurei de todas as formas continuar no clube. Não quero que seja uma despedida, fui muito feliz aqui, espero que a torcida entenda que muita coisa no futebol não depende apenas do atleta, eu tentei simplificar, mas o clube chinês ao qual pertenço não quis assim”.
A primeira parte, na qual externa a tristeza em deixar o Esquadrão, foi excluída minutos depois e a nova postagem seguiu sem o pedaço original e mais autêntico. K9 preferiu dizer um “até logo” e, embora sem prometer, deixou clara a vontade de voltar um dia. “Espero de coração poder nos encontrar em outras oportunidades, vocês têm todo o meu respeito, por tudo que me proporcionaram. Agradeço a diretoria todo o empenho que teve para me trazer e me manter no Brasil nas últimas temporadas”. Destino Na nota oficial publicada pelo Bahia, o clube informa que Kieza acertou com outra equipe. Não cita o nome, mas é o São Paulo. “Respeitamos, contudo, a posição do Shanghai Shenxim, detentor do atestado federativo, em negociá-lo com outro clube”. O CORREIO conseguiu falar com o empresário de Kieza, Igor Albuquerque, enquanto ele se reunia com o São Paulo. “Está bem adiantada (a negociação com o São Paulo)”, disse Igor pela manhã. À tarde, não atendeu mais o celular. Enquanto esteve no Bahia, Kieza disputou 72 partidas e marcou 35 gols. Apesar de não conquistar o acesso à Série A em 2015, foi destaque da temporada, com 29 gols, e segundo maior artilheiro do Brasil, atrás de Ricardo Oliveira, 37. Sem Kieza, o Bahia deve buscar um atacante. “Vamos investir aproximadamente R$ 5 milhões na montagem do elenco”, disse o presidente Marcelo Sant’Ana em dezembro. De lá para cá, contratou Hernane, Luisinho, Juninho, Edigar Junio e Danilo Pires. Relembre momentos de Kieza no Bahia Chegada difícil Kieza chegou ao Bahia em julho de 2014. Antes, havia atuado por um ano e meio no Shanghai Shenxin. K9 teve dificuldade para se adaptar ao futebol brasileiro e, com a camisa tricolor, fez apenas seis gols na Série A. Na reta final da competição, sofreu com lesões e viu o Esquadrão ser rebaixado pra segundona. Decepcionado, quis deixar o Bahia no fim da temporada 2014, mas aceitou seguir no Fazendão após insistência da diretoria.
Premiado Kieza brilhou na festa de premiação do Campeonato Baiano, em maio do ano passado. O atacante faturou os prêmios de melhor atacante, craque do campeonato e artilheiro do estadual, com oito gols marcados. Decisivo O ano de 2015 foi excepcional para Kieza. Vice-artilheiro do Brasil, com 29 gols marcados no ano, caiu nas graças da torcida e foi considerado peça fundamental no elenco na Série B. Decepção Apesar das conquistas pessoais, Kieza não conseguiu ajudar o Bahia a conseguir o acesso. Na reta final, viu o time vacilar e pediu perdão à torcida.
Saída do atacante deixa a torcida carente do ídolo e do melhor jogador do time (Foto: Arisson Marinho/Arquivo Correio) |
Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo Correio |
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