Marinho lidera o número de gols e assistências no Vitória

Nada contra tanta festa com as chegadas de Kieza, Dagoberto e Victor Ramos no Vitória. Os números indicam que a torcida adorou, pois 2.921 pessoas se associaram ao clube após a apresentação do trio, em março. Porém, nobre torcedor, quem merece mesmo sua atenção é o camisa 7 do Leão, Marinho. Ou Di Marinho, para os mais passionais. O certo é que, enquanto alguns ganham aplausos, o atacante já conquistou o posto de craque do time.

Quando Marinho joga mal, o time todo vai junto. Quando o atacante está no dia dele, todo grupo se beneficia e o Vitória vence. Tal afirmação foi comprovada ontem, diante da Juazeirense, no jogo de ida da semifinal do Baiano vencido pelo rubro-negro por 3x2, no Adauto Moraes, em Juazeiro.

No primeiro tempo, o homem estava inspirado. Deu assistências e fez um golaço, no ângulo. No segundo tempo, porém, Marinho puxou o freio de mão, o restante do time sentiu e, por pouco, não cedeu o empate após a substituição do camisa 7.

A dependência gera um monopólio de Marinho nos números do Leão em 2016. Adivinhe quem é o jogador com mais assistências no Vitória? Marinho, com três. Arthur Maia, Kieza e Marcelo fizeram seus respectivos gols no ano graças a ele. Na artilharia, a mesma coisa. Marinho marcou três gols no estadual, um a mais que Kieza e Diego Renan, os segundos da lista de goleadores.

Com o estilo rápido, Marinho sofre apenas com duas coisas no Vitória. A primeira, a falta de jogos oficiais. Fora da Copa do Nordeste, o time fez apenas nove jogos no ano, todos pelo Baiano. “Eu prefiro sempre jogar. Muito tempo de treinamento serve para melhorar, mas minha fome de entrar em campo é maior. No meu ponto de vista, jogar muitas vezes é melhor. Sou fominha”, revela Marinho, que atuou em seis jogos no ano.

Os três jogos em que ele não participou denunciam o segundo problema de Marinho no Leão. O camisa 7 leva porrada. Até no treino do Vitória, inclusive. A primeira contusão dele no clube foi resultado de uma porrada sofrida do volante Marcelo, em pleno treinamento no Barradão. Culminou na ausência diante do Fluminense, quando o Leão levou 1x0. Nos outros dois duelos sem a presença de Marinho, novos traumas o tiraram do jogo.

“Não posso fazer muita coisa para me proteger das entradas violentas. Tenho que continuar meu jogo, ir para cima, como sempre faço. Eu sei que vou apanhar muito ainda. Mas é desse jeito que eu jogo e eu não posso mudar”, disse Marinho. O atacante de 25 anos pertence ao Cruzeiro e o empréstimo com o Vitória vai até o fim do ano.

Tenha Dagoberto ou Kieza no jogo, a máquina rubro-negra precisa da sua principal ignição. Marinho inclusive já foi carrasco do Vitória no ano passado. Foi devido a um gol e outra assistência dele, quando ainda defendia o Ceará, que o Vitória acabou eliminado do Nordestão em 2015, no Barradão. Se não pode com o inimigo, junte-se a ele...